O Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado na quarta-feira (19) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento de Paraná (Seab), aponta que o clima chuvoso de novembro favoreceu o desenvolvimento das lavouras de mandioca. Segundo o boletim, as chuvas contribuíram para “o desenvolvimento das raízes e para a melhora do arranquio”. Até então, a colheita avançava de forma lenta devido ao período mais seco registrado entre agosto e outubro, o que pode levar, conforme o documento, à “revisão da área efetivamente colhida neste ano”, já que parte das lavouras deverá ter a colheita postergada para 2026.
O levantamento registra ocorrências pontuais de granizo e de apodrecimento de raízes, mas sem impactos relevantes sobre a produção. Mesmo com esses fatores, o Deral afirma que eles “não devem impedir a obtenção de um novo recorde de produção em 2025”. As estimativas atualizadas — que serão divulgadas em 27 de novembro — indicam, por enquanto, produção de 4,2 milhões de toneladas no próximo ano, acima das 3,7 milhões de toneladas colhidas em 2024.
No mercado, o boletim aponta melhora no comportamento dos preços. Em novembro, as cotações permanecem próximas à média de outubro, quando os produtores receberam R$ 543,57 por tonelada. O valor é 8% superior ao registrado em setembro (R$ 502,19), embora continue 10% abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (R$ 602,07). Ainda assim, o preço atual cobre os custos operacionais e tem estimulado os produtores a ampliar a área cultivada para a safra de 2026.



