A pressão por produzir mais alimentos em espaços reduzidos impulsiona pesquisas que buscam adaptar cultivos às áreas urbanas. Em um novo estudo, cientistas desenvolveram tomates editados com CRISPR para crescer de forma compacta em sistemas de agricultura vertical, respondendo à demanda por produção intensiva em ambientes controlados.
A partir da segunda etapa do trabalho surgem a Kyung Hee University e o Korea Institute of Science and Technology, responsáveis pelas modificações em genes ligados à produção de giberelinas, hormônios que regulam o alongamento de caules e folhas. As edições em dois genes associados ao porte das plantas resultaram em exemplares mais baixos, com menor distância entre flores e arquitetura compatível com cultivos de alta densidade.
As análises mostraram que a redução do tamanho não comprometeu o desempenho. As plantas mantiveram rendimento e qualidade de fruto equivalentes às de referência, com peso, tamanho e teor de açúcares preservados. A eficiência fotossintética também permaneceu estável, ponto confirmado por medições de clorofila e de desempenho das folhas.
Para acompanhar os efeitos fisiológicos sem interferir no crescimento, o estudo utilizou imagens de fluorescência combinadas a um modelo tridimensional de aprendizado profundo. O sistema alcançou alta precisão na identificação das plantas editadas, superando técnicas tradicionais e reduzindo custos de monitoramento. O método abre oportunidade para avaliar grandes volumes de plantas de forma rápida e acessível, favorecendo programas de melhoramento voltados a ambientes urbanos.
O resultado oferece um modelo de cultivo adaptado a fazendas verticais, com plantas compactas, produtividade estável e acompanhamento automatizado por IA. A abordagem pode ser aplicada a outras espécies e reforça a integração entre biologia e tecnologias digitais para ampliar a produção em espaços limitados.





