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quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Estudo espanhol revela tomate resistente ao frio

Tomate não cresce em temperaturas muito frias

Pesquisas recentes na área da biotecnologia agrícola indicam um avanço promissor para o cultivo de tomates em regiões frias. Cientistas na Espanha descobriram um mecanismo natural que permite à planta resistir a baixas temperaturas sem comprometer o crescimento, resultado que pode reduzir perdas e aumentar a produtividade em tempos de mudanças climáticas.

O estudo foi conduzido por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Agrigenômica (CRAG), em Barcelona, e publicado na revista Plant Physiology. A equipe liderada por Albert Ferrer e Teresa Altabella identificou que o aumento dos níveis de esteróis glicosilados, compostos que fazem parte das membranas celulares, confere à planta maior tolerância ao frio. Esses esteróis estabilizam a estrutura celular e ativam respostas hormonais e moleculares que protegem o metabolismo vegetal contra danos causados por baixas temperaturas.

O tomate, espécie de origem tropical, tem crescimento prejudicado quando exposto a temperaturas abaixo de 12 °C. Para testar a influência dos esteróis, os cientistas manipularam geneticamente duas enzimas responsáveis por sua produção: SlSGT1 e SlSGT2. As plantas que tiveram maior concentração desses compostos mostraram uma resistência superior ao frio, enquanto as que apresentaram níveis reduzidos ficaram mais vulneráveis.

Além da maior tolerância térmica, as plantas modificadas ativaram de forma antecipada enzimas antioxidantes e genes relacionados à defesa contra o estresse, além de aumentarem a produção de hormônios jasmonatos, que preparam a planta para condições adversas. O estudo mostra que essa adaptação não compromete o desenvolvimento nem o rendimento, o que abre caminho para o uso da técnica no melhoramento genético de cultivos comerciais.

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