Mato Grosso do Sul chega à COP 30, em Belém (PA), com uma trajetória consolidada de protagonismo nas discussões globais sobre mudanças climáticas. Ao longo da última década, o Estado transformou compromissos em políticas concretas, combinando crescimento econômico vigoroso com avanços inéditos em sustentabilidade ambiental. Esse percurso, potencializado após o Acordo de Paris (COP 21), ganha agora um novo capítulo: o de apresentar ao mundo os resultados de uma agenda climática que une governança, ciência, inovação e produção de baixo carbono.
A delegação sul-mato-grossense é liderada pelo governador Eduardo Riedel e conta com a participação do secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e do secretário adjunto, Artur Falcette, que já se encontra em Belém coordenando as primeiras atividades técnicas da programação.
O Estado terá presença destacada em múltiplos espaços de debate, incluindo a Agrizone da Embrapa, onde serão apresentados os avanços da “revolução silenciosa” reconhecida pela própria instituição: o processo que levou Mato Grosso do Sul a alinhar crescimento econômico, inclusão social e conservação ambiental. Também estão previstas participações em painéis da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da Abema e do Consórcio da Amazônia Legal, abordando temas como governança multinível, inovação climática e agricultura sustentável.
O governador Eduardo Riedel e o secretário Jaime Verruck participam, na quinta-feira (13), do painel na Arena AgriZone, no qual o Estado apresentará o conjunto de políticas e resultados do Plano MS Carbono Neutro 2030, estratégia que orienta a transição do Mato Grosso do Sul para uma economia de baixo carbono. “Estamos diante de uma década decisiva. Em 2015, na COP 21, o mundo selou um compromisso histórico. Dez anos depois, Mato Grosso do Sul mostra que é possível fazer desenvolvimento com responsabilidade ambiental, e essa é a mensagem que queremos levar ao mundo”, ressalta o secretário Jaime Verruck.
As conquistas apresentadas refletem um modelo de integração de políticas públicas, investimentos privados e base científica. O Estado conseguiu atrair mais de R$ 70 bilhões em novos empreendimentos sustentáveis, consolidando-se como o maior polo de celulose do país e ampliando em 500% sua área de florestas plantadas em uma década. Além disso, fomentou iniciativas inovadoras como o FCO Verde, que já aplicou R$ 360 milhões em projetos de agricultura de baixo carbono, e o Carbon Control, sistema digital que reúne dados setoriais sobre emissões e compensações.
A presença de Mato Grosso do Sul em conferências climáticas tornou-se progressiva e consistente desde a COP 23, em Bonn (2017), quando foi reconhecido como líder nacional em integração lavoura-pecuária-floresta. Em Glasgow (COP 26, 2021), o Estado deu um passo histórico ao lançar o MS Carbono Neutro 2030 e aderir à coalizão internacional Under 2°, assumindo compromisso público com a neutralização de emissões até o fim da década. Desde então, as participações em Dubai (COP 28, 2023) e Baku (COP 29, 2024) consolidaram a imagem do Estado como referência subnacional em governança climática e inovação ambiental.

Artur Falcette, que já acompanha as agendas preparatórias da COP 30, reforça a importância da continuidade desse processo. “A participação de Mato Grosso do Sul nas conferências dos últimos dez anos construiu credibilidade internacional. Hoje, somos vistos como um laboratório de políticas ambientais aplicadas, um Estado capaz de transformar metas globais em resultados locais. Belém é a oportunidade de mostrar o amadurecimento dessa trajetória”, destaca o secretário adjunto da Semadesc.
Nos próximos dias, a programação da delegação inclui painéis sobre sociobioeconomia, inovação e pecuária sustentável no Pantanal, além de reuniões bilaterais com fundos internacionais e participação em eventos organizados pela Abema e pelo Sebrae Nacional. “A presença do Governo do Estado na COP 30 reafirma o papel de Mato Grosso do Sul como referência em sustentabilidade produtiva e planejamento ambiental de longo prazo. Um exemplo concreto de que o desenvolvimento pode, sim, caminhar em harmonia com o equilíbrio climático e a preservação dos biomas”, finaliza o secretário Jaime Verruck.
Fonte: Marcelo Armôa, Semadesc



