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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

A menina e a ‘porcona’: a amizade incomum entre uma adolescente e um pet de 240 kg em Camapuã

A adolescente Aylla Soares, de 16 anos, mora em uma chácara na zona rural de Camapuã e tem como melhor amiga uma porca chamada Gorda, que pesa cerca de 240 quilos e se comporta como um cachorro.

O que começou como um simples pedido de uma menina para cuidar de um filhote virou uma amizade que já dura seis anos. A adolescente Aylla Ribeiro Soares, de 16 anos, mora em uma chácara na zona rural de Camapuã (MS) e tem como melhor amiga uma porca chamada Gorda, que pesa cerca de 240 quilos e se comporta como um cachorro.

A mãe de Gorda foi roubada logo depois do nascimento dos filhotes. Com pena do animal, Aylla pediu à mãe, Aline Cristine Ribeiro, para cuidar da porquinha. Desde então, elas nunca mais se separaram.

“Ela pediu pra cuidar e eu deixei. No começo, Gorda vivia dentro de casa, como se fosse um cachorro. Ficou assim por dois anos, dormindo e brincando com a gente”, lembra Aline.
Quando Gorda cresceu, a família precisou construir um chiqueiro. Mesmo assim, a amizade das duas só ficou mais forte. Todos os dias, Aylla segue a mesma rotina: estuda de manhã, almoça e, depois, vai cuidar da porca.

“Ela cuida todos os dias, com muito carinho. Se a gente tenta ajudar, Gorda não deixa. Só aceita que a Aylla mexa com ela”, conta a mãe. “Esses dias, chamei minha filha mais alto e Gorda ficou brava comigo. Tive que dizer: ‘Calma, Gorda, não briga com sua mãe!’”
Aline, que trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) junto com o marido, diz que a filha tem um amor inexplicável pela porca. “Se você pergunta pra Aylla o que sente pela Gorda, ela diz que não sabe explicar.”

Mesmo com o tamanho e o peso, a convivência é tranquila. “Ela chega perto da Aylla com muito cuidado e nunca machucou”, diz Aline.

Na chácara, há outros animais — gatos e cachorros — que convivem bem com Gorda. Mesmo assim, o carinho especial é só para Aylla. “Ela tem ciúmes da Aylla. Eu mesma tenho medo, porque ela é muito grande!”, brinca a mãe.

No início, a família criava porcos para vender, mas como ficou corrido o trabalho de socorrista dos pais, hoje eles têm somente a Gorda. Aylla não deixa que a amiga seja vendida. “Ela sempre fala: ‘Mãe, vou cuidar dela até ficar velhinha’”, conta Aline.

Hoje, Gorda é mais do que um animal de estimação: é parte da família e símbolo de uma amizade verdadeira.

Fonte: Mirian Machado, g1 MS 

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