Mato Grosso do Sul encerrou os nove primeiros meses do ano com saldo positivo na geração de empregos formais, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e de construção civil.
Entre janeiro e setembro, o Estado acumulou 30.869 novas vagas com carteira assinada, saldo de 332.534 admissões e 301.665 demissões, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Com o resultado, o estoque total de trabalhadores formais em Mato Grosso do Sul chegou a 701.093, número que reflete a consolidação do mercado de trabalho em ritmo de recuperação, mesmo diante de um cenário econômico nacional de desaceleração.
Ainda segundo o levantamento, o setor de serviços lidera a geração de empregos, com 10.645 novas vagas abertas no período. Em segundo lugar aparece a construção civil, responsável por 7.355 postos de trabalho. A indústria surge em seguida, com 6.130 vagas, enquanto a agropecuária e o comércio criaram 3.421 e 3.320 empregos, respectivamente.
“Os números confirmam a consistência da nossa política de qualificação e de fortalecimento do mercado formal de trabalho em MS. Mesmo em um cenário de sazonalidade, como é o caso da agropecuária no período de entressafra, o Estado segue ampliando oportunidades em setores estratégicos como a construção, a indústria e os serviços. Isso demonstra que estamos no caminho certo, investindo na formação profissional e criando condições para que as empresas gerem mais empregos e renda para a população sul-mato-grossense”, disse o secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Esaú Aguiar.
O Estado registrou 1.379 novos empregos formais em setembro, puxados especialmente pelos setores de construção, indústria e comércio.
Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, os resultados mostram que o Estado mantém um ambiente favorável à geração de emprego, mesmo em meio às flutuações do mercado nacional.
“Estamos consolidando um novo modelo de desenvolvimento. Os incentivos fiscais agora estão claramente vinculados à geração de empregos e à qualificação da mão de obra. Com a integração ao MS Qualifica Digital, damos transparência às oportunidades e reforçamos o compromisso do Estado com os trabalhadores. Ao mesmo tempo, garantimos segurança jurídica para as empresas, que podem se regularizar e continuar investindo”, destacou em publicação da Semadesc.
Entre os segmentos que mais contrataram no Estado estão os serviços de educação, saúde, alojamento, alimentação e transporte, que representam parte expressiva do setor de serviços.
Já a construção civil mantém o ritmo aquecido, com obras habitacionais, de infraestrutura urbana e de empreendimentos privados, espalhadas por diversas regiões.

SERVIÇOS
O setor de serviços, responsável por quase metade dos empregos formais criados no Estado, segue em expansão, com destaque para atividades administrativas, educacionais e de saúde. O avanço é explicado pelo crescimento das cidades médias e pela consolidação de Campo Grande como polo de serviços no Centro-Oeste.
O saldo de 10.645 vagas representa o dinamismo do setor, que historicamente responde de forma rápida à melhora do ambiente econômico e à elevação da demanda por mão de obra especializada.
Embora com menor participação no saldo geral, a indústria e a agropecuária também tiveram papel relevante na geração de empregos formais no Estado. A indústria sul-mato-grossense criou 6.130 vagas entre janeiro e setembro, resultado de novos investimentos em segmentos como alimentos, papel e celulose, e transformação mineral.
Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem se consolidado como um dos principais polos industriais do Centro-Oeste, com a chegada de novas plantas e a expansão de unidades já instaladas, sobretudo nos municípios de Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Dourados.
Já a agropecuária, mesmo enfrentando oscilações de preços e desafios climáticos, manteve o ritmo de contratações, com 3.421 novos empregos no acumulado do ano. O desempenho reflete o avanço da cadeia da soja, do milho e da pecuária de corte, que seguem entre as bases da economia estadual.
O doutor em Economia Michel Constantino afirmou ao Correio do Estado que Mato Grosso do Sul tem um cenário muito positivo quanto à empregabilidade e vive um momento chamado de pleno emprego.
“O Estado vem realmente crescendo nisso e vai continuar com a taxa de desemprego bem positiva, porque a gente está atraindo cada vez mais empresas, o que faz com que se mantenha esse nível de emprego, e podemos chamar tecnicamente de pleno emprego, porque o pleno emprego é quando você tem esse fluxo entre troca de empresa e uma taxa baixa de desemprego”, avalia.
 



 
                                     
 
 

 
 
