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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Serviços e construção civil puxam a geração de empregos no Estado

Número de trabalhadores com carteira assinada ultrapassa a marca de 700 mil em Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul encerrou os nove primeiros meses do ano com saldo positivo na geração de empregos formais, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e de construção civil.

Entre janeiro e setembro, o Estado acumulou 30.869 novas vagas com carteira assinada, saldo de 332.534 admissões e 301.665 demissões, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Com o resultado, o estoque total de trabalhadores formais em Mato Grosso do Sul chegou a 701.093, número que reflete a consolidação do mercado de trabalho em ritmo de recuperação, mesmo diante de um cenário econômico nacional de desaceleração.

Ainda segundo o levantamento, o setor de serviços lidera a geração de empregos, com 10.645 novas vagas abertas no período. Em segundo lugar aparece a construção civil, responsável por 7.355 postos de trabalho. A indústria surge em seguida, com 6.130 vagas, enquanto a agropecuária e o comércio criaram 3.421 e 3.320 empregos, respectivamente.

“Os números confirmam a consistência da nossa política de qualificação e de fortalecimento do mercado formal de trabalho em MS. Mesmo em um cenário de sazonalidade, como é o caso da agropecuária no período de entressafra, o Estado segue ampliando oportunidades em setores estratégicos como a construção, a indústria e os serviços. Isso demonstra que estamos no caminho certo, investindo na formação profissional e criando condições para que as empresas gerem mais empregos e renda para a população sul-mato-grossense”, disse o secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Esaú Aguiar.

O Estado registrou 1.379 novos empregos formais em setembro, puxados especialmente pelos setores de construção, indústria e comércio.

Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, os resultados mostram que o Estado mantém um ambiente favorável à geração de emprego, mesmo em meio às flutuações do mercado nacional.

“Estamos consolidando um novo modelo de desenvolvimento. Os incentivos fiscais agora estão claramente vinculados à geração de empregos e à qualificação da mão de obra. Com a integração ao MS Qualifica Digital, damos transparência às oportunidades e reforçamos o compromisso do Estado com os trabalhadores. Ao mesmo tempo, garantimos segurança jurídica para as empresas, que podem se regularizar e continuar investindo”, destacou em publicação da Semadesc.

Entre os segmentos que mais contrataram no Estado estão os serviços de educação, saúde, alojamento, alimentação e transporte, que representam parte expressiva do setor de serviços.

Já a construção civil mantém o ritmo aquecido, com obras habitacionais, de infraestrutura urbana e de empreendimentos privados, espalhadas por diversas regiões.

Serviços e construção civil puxam a geração de empregos no Estado
– Divulgação/Correio do Estado

SERVIÇOS

O setor de serviços, responsável por quase metade dos empregos formais criados no Estado, segue em expansão, com destaque para atividades administrativas, educacionais e de saúde. O avanço é explicado pelo crescimento das cidades médias e pela consolidação de Campo Grande como polo de serviços no Centro-Oeste.

O saldo de 10.645 vagas representa o dinamismo do setor, que historicamente responde de forma rápida à melhora do ambiente econômico e à elevação da demanda por mão de obra especializada.

Embora com menor participação no saldo geral, a indústria e a agropecuária também tiveram papel relevante na geração de empregos formais no Estado. A indústria sul-mato-grossense criou 6.130 vagas entre janeiro e setembro, resultado de novos investimentos em segmentos como alimentos, papel e celulose, e transformação mineral.

Nos últimos anos, Mato Grosso do Sul tem se consolidado como um dos principais polos industriais do Centro-Oeste, com a chegada de novas plantas e a expansão de unidades já instaladas, sobretudo nos municípios de Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Dourados.

Já a agropecuária, mesmo enfrentando oscilações de preços e desafios climáticos, manteve o ritmo de contratações, com 3.421 novos empregos no acumulado do ano. O desempenho reflete o avanço da cadeia da soja, do milho e da pecuária de corte, que seguem entre as bases da economia estadual.

O doutor em Economia Michel Constantino afirmou ao Correio do Estado que Mato Grosso do Sul tem um cenário muito positivo quanto à empregabilidade e vive um momento chamado de pleno emprego.

“O Estado vem realmente crescendo nisso e vai continuar com a taxa de desemprego bem positiva, porque a gente está atraindo cada vez mais empresas, o que faz com que se mantenha esse nível de emprego, e podemos chamar tecnicamente de pleno emprego, porque o pleno emprego é quando você tem esse fluxo entre troca de empresa e uma taxa baixa de desemprego”, avalia.

Fonte: Súzan Benites/Correio do Estado

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