No dia 7 de setembro de 2025, ocorrerá o eclipse total da Lua mais longo do ano, com a fase total durando 1 hora e 22 minutos. O fenômeno poderá ser acompanhado em todas as suas fases — penumbral, parcial e total — em regiões como a metade oeste da Austrália, parte central da Europa e da Ásia, extremo leste da África e Antártica.
Infelizmente, no Brasil o eclipse lunar não será visível, nem de forma total nem parcial. Apenas a fase penumbral poderá ser percebida no extremo leste do país, com a Lua nascendo já sob o efeito da penumbra. Entretanto, durante essa fase, a diferença na luminosidade lunar é praticamente imperceptível.
Embora não possa ser visto naturalmente no Brasil, os amantes de astronomia poderão assistir ao fenômeno.
O Observatório Nacional irá transmitir ao vivo o fenômeno em sua conta do YouTube.
Segundo a hora legal de Brasília, os horários das fases do eclipse serão:
- Início do eclipse penumbral: 12h28
- Início do eclipse parcial: 13h27
- Início do eclipse total: 14h31
- Máximo do eclipse total: 15h12
- Fim do eclipse total: 15h53
- Fim do eclipse parcial: 16h57
- Fim do eclipse penumbral: 17h55
A astrônoma, Josina Nascimento, gestora da Divisão de Comunicação e Popularização da Ciência (DICOP/ON) do Observatório Nacional, explica que eclipses lunares acontecem quando a Lua entra na sombra da Terra. Essa sombra possui duas partes: a umbra, completamente escura por não receber luz solar direta, e a penumbra, que ainda recebe alguma iluminação. Quanto mais alinhados estiverem Sol, Terra e Lua, maior será a duração do eclipse total.

Durante a fase total, a Lua ficará totalmente imersa na umbra terrestre e ganhará a coloração avermelhada típica da chamada Lua de Sangue. “A luz branca do Sol é dispersada na atmosfera terrestre, e apenas as tonalidades vermelhas atravessam com mais facilidade, iluminando a Lua de forma indireta e conferindo-lhe essa cor característica”, detalha Josina.
O eclipse passará pelas fases penumbral e parcial antes e depois da fase total, completando um ciclo que será acompanhado de forma parcial por observadores no Brasil, enquanto o mundo poderá apreciar o fenômeno em sua plenitude em regiões estratégicas do planeta.
Fonte: EnfoqueMS