A Polícia Civil investiga suspeita de assassinato dos dois adolescentes encontrados mortos em abril deste ano em Sete Quedas, a 468 km de Campo Grande, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Inicialmente, como os corpos foram encontrados em área alagada, havia a suspeita de que o garoto de 15 anos e a menina, de 13, tivessem morrido afogados. Entretanto, laudo da médica legista apontou perfurações nos dois corpos, indicando possibilidade de homicídio. O adolescente tinha corte no peito e a garota na cabeça.
Ao Campo Grande News, a delegada Elisângela Ferreira Cristaldo, que assumiu o caso recentemente, afirmou que a investigação está concentrada em descobrir as circunstâncias das mortes e se de fato os adolescentes foram assassinados.
“Fizemos pedido de geolocalização para ver se há algum indício de como ocorreram essas mortes e se foram mesmo homicídios. Pelas lesões, aparentemente foram assassinatos”, disse a delegada.
Os dois adolescentes foram encontrados mortos em área rural do município. O corpo da menina foi localizado no dia 1º de abril e o do garoto na manhã do dia seguinte, a cerca de 150 metros de distância do primeiro. Os dois estavam desaparecidos há uma semana.
Morador da região encontrou os corpos em uma área de pastagem que costuma ficar alagada após chuvas. A perícia foi acionada para identificar a causa das mortes, mas o estado avançado de decomposição dificultou os levantamentos.
Os jovens eram namorados e foram vistos pela última vez no dia 26 de março. Segundo a delegada Elisângela Ferreira Cristaldo, eles costumavam tomar banho na cachoeira.
Conforme a policial, o laudo necroscópio apontando perfurações nos corpos causou até surpresa aos investigadores, pois todos os indícios apontavam para afogamento. Havia chovido muito na região naqueles dias.
“O laudo apontou essas lesões, aparentemente causadas por faca. Estamos apurando mais detalhes, ouvindo outros depoimentos de familiares, mas é bem complicado descobrir o que de fato aconteceu e quem pode ter feito algo contra os adolescentes”, admitiu a delegada.
Fonte: Helio de Freitas/Campo Grande News