Clesio Damasceno
Prefeitos e representantes de 14 municípios participam do MS Ativo Municipalismo, promovido pelo Governo do Estado, em Dourados, nesta quarta-feira (09). A abertura do evento aconteceu no auditório da UEMS e contou com a presença do vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), do prefeito de Dourados, Marçal Filho, vereador Éderson Márcio Ramos (Pudim) representando a Câmara de Dourados e prefeitos da região, além de técnicos do governo, secretário da Casa Civil, Eduardo Rocha, e do Reitor da UEMS, Dr. Laércio Alves de Carvalho.
Entre os prefeitos da região estavam o prefeito de Amambai, Sérgio Barbosa; de Caarapó, Maria de Lourdes; de Aral Moreira, Elaine Soligo; de Coronel Sapucaia, Niágara Kraievski; de Maracaju, José Marcos Calderan; de Itaporã, Tiago Carbonaro; de Laguna Carapã, Itamar Bilibio e de Douradina, Nair Branti.
Marçal fala da saúde e Barbosinha destaca finanças do Estado
O prefeito Marçal Filho destacou a importância de debater planos e estratégias para os municípios e disse que “de todos os entes da federação, os municípios são os que menos recebem recursos e os que mais apanham, porque tudo recai sobre os prefeitos”, destacou.
Marçal reforçou que o município de Dourados atende 34 municípios na área de saúde, com um total de cerca de 1 milhão de pessoas, uma demanda que onera muito e precisa de mais apoio do Estado e da União e também de estratégias para melhorar o atendimento.
O vice-governador Barbosinha destacou o encontro em Dourados como sendo o que contou com maior representatividade de prefeitos. Ele citou que quando os municípios sentem queda de recursos, seja no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) ou ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), o Estado também sente no FPE (Fundo de Participação dos Estados) e também no ICMS.
Barbosinha ressaltou a importante reforma que o ex-governador Reinaldo Azambuja fez no Estado há 9 anos, reforma fiscal, administrativa e previdenciária, o que colocou ordem nas finanças e que agora permite a realização de várias ações com recursos que estão beneficiando a população. Segundo ele, antes da reforma o Estado investia cerca de 4% da arrecadação em ações e agora investe 15%.
O seminário segue durante todo o dia com oficinas nas mais diversas áreas com a participação de técnicos, secretários e gestores das mais diversas áreas. Uma troca de experiências e debates sobre estratégias e planos para melhorar as ações nos municípios e melhorar o atendimento para a população.
Prefeitos da região destacam importância do apoio do Estado
Os prefeitos de Amambai, de Caarapó, Aral Moreira e Coronel Sapucaia, além de vice-prefeitos, vereadores e equipe da gestão estiveram no evento.
O prefeito Sérgio Barbosa destacou a importância do encontro e disse que as oficinas são para reparar algum defeito, e com esse evento, com a troca de experiências e debates, muita coisa boa vai acontecer. Barbosa também citou a saúde como uma questão prioritária. “Não tem cabimento pegar um paciente e encaminhar para Três Lagoas para receber um atendimento, percorrendo, às vezes, mais de 500 quilômetros de estradas, e essa é uma questão que não agrada nenhum prefeito e nem o governador, e temos que achar uma saída”, disse.
A prefeita Elaine Soligo, de Aral Moreira agradeceu o olhar do governo aos municípios e destacou que é preciso mais apoio ainda, principalmente para os municípios que fazem fronteira com o Paraguai, onde existe uma demanda a mais que recai no serviço público do município. Ela ainda destacou a importância de investir e dar incentivo para que os municípios do Cone Sul recebam indústrias que ajudam a minimizar a queda na economia quando a safra não vai bem, já que os municípios são basicamente movidos pelo agro.
A prefeita de Caarapó, Maria de Lourdes, destacou a importância do encontro e cobrou melhorias na área da saúde, reforçando que é o grande gargalo e que requer muitos recursos e citou os transportes de pacientes que oneram muito os municípios. Ela também lembrou da comunidade indígena que é uma demanda grande que, embora seja de responsabilidade do Governo Federal, recai sobre as prefeituras, e os municípios precisam de mais apoio.
Niágara Kraievski, de Coronel Sapucaia, disse que a ajuda do Estado é muito importante e que a demanda do município é muito grande, citando também a área da saúde como a maior prioridade.
Fonte: Grupo A Gazeta
