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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Após 6 anos, Taylor Swift recupera direitos sobre seu catálogo; entenda como a compra ocorreu

Artista havia perdido a licença sobre seis álbuns em 2019, devido a uma venda sem seu consentimento

A cantora e compositora norte-americana Taylor Swift anunciou no dia 30 de maio de 2025 que recuperou os direitos sobre os seis primeiros álbuns de sua carreira.

A conquista representa um marco na indústria da música pop e encerra uma disputa que se arrastava desde 2019, quando perdeu o controle sobre suas gravações originais.

O catálogo havia sido vendido por sua antiga gravadora, a Big Machine Records, ao empresário Scooter Braun, em uma negociação estimada na época em US$ 300 milhões, segundo a revista Vanity Fair.

Assim, a venda gerou uma enorme repercussão entre artistas, fãs e profissionais da indústria, principalmente por ter ocorrido sem o consentimento da cantora.

No ano seguinte, em 2020, Braun repassou os direitos para a Shamrock Capital, empresa de investimentos em Los Angeles e especializada em ativos de mídia e entretenimento.

Desde então, Taylor Swift tentou, sem sucesso, negociar a recompra dos masters diretamente com o empresário, que teria imposto condições consideradas inaceitáveis pela artista.

Quanto Taylor Swift pagou nos masters?

Nenhuma das partes divulgou oficialmente o valor da recente negociação. Entretanto, segundo uma fonte consultada pela Variety, o preço final ficou mais próximo dos US$ 300 milhões pagos pela Shamrock, em 2020, e bem distante das especulações de que poderia chegar a US$ 1 bilhão.

A aquisição dos direitos foi viabilizada, em grande parte, pelo sucesso financeiro da The Eras Tour, encerrada em 8 de dezembro de 2024, após 149 shows ao redor do mundo. A turnê arrecadou cerca de US$ 2 bilhões, segundo o The New York Times, valor que representa o dobro da segunda maior turnê da história, realizada pela banda Coldplay.

Além da bilheteria, o projeto envolveu outras fontes expressivas de receita, como o filme Taylor Swift: The Eras Tour, lançado em outubro de 2023, que arrecadou cerca de US$ 93 milhões em seu fim de semana de estreia, e o livro oficial da turnê, que também teve grande procura.

Por que Taylor Swift regravou seus álbuns?

A perda dos direitos de suas obras motivou Swift a criar o projeto “Taylor’s Version”, no qual regravou seus discos para reaver, ao menos parcialmente, o controle criativo e financeiro sobre seu trabalho.

Entre 2021 e 2023, foram lançadas as novas versões dos álbuns Fearless, Red, Speak Now e 1989, todos com faixas adicionais e grandes sucessos de crítica e público.

A estratégia também teve impacto direto nas plataformas de streaming, em que os fãs passaram a priorizar as regravações. Muitas pessoas buscaram o fone de ouvido, ligando nos streamings e optando pelos álbuns que trazem a assinatura “Taylor’s Version”, reforçando o movimento iniciado pela própria artista para esvaziar o valor comercial dos masters originais.

Agora, com o controle total de seu catálogo, Taylor Swift ainda tem dois álbuns que não foram regravados: Reputation e seu disco de estreia, conhecido como Debut.

A cantora já explicou que Reputation representa uma fase muito específica de sua vida, o que torna mais desafiadora a tarefa de revisitá-lo e transformá-lo em uma nova versão. Apesar disso, ela sinalizou que, no futuro, pode lançar faixas inéditas dessa época.

Fonte: Divulgação

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