A cantora e compositora norte-americana Taylor Swift anunciou no dia 30 de maio de 2025 que recuperou os direitos sobre os seis primeiros álbuns de sua carreira.
A conquista representa um marco na indústria da música pop e encerra uma disputa que se arrastava desde 2019, quando perdeu o controle sobre suas gravações originais.
O catálogo havia sido vendido por sua antiga gravadora, a Big Machine Records, ao empresário Scooter Braun, em uma negociação estimada na época em US$ 300 milhões, segundo a revista Vanity Fair.
Assim, a venda gerou uma enorme repercussão entre artistas, fãs e profissionais da indústria, principalmente por ter ocorrido sem o consentimento da cantora.
No ano seguinte, em 2020, Braun repassou os direitos para a Shamrock Capital, empresa de investimentos em Los Angeles e especializada em ativos de mídia e entretenimento.
Desde então, Taylor Swift tentou, sem sucesso, negociar a recompra dos masters diretamente com o empresário, que teria imposto condições consideradas inaceitáveis pela artista.
Quanto Taylor Swift pagou nos masters?
Nenhuma das partes divulgou oficialmente o valor da recente negociação. Entretanto, segundo uma fonte consultada pela Variety, o preço final ficou mais próximo dos US$ 300 milhões pagos pela Shamrock, em 2020, e bem distante das especulações de que poderia chegar a US$ 1 bilhão.
A aquisição dos direitos foi viabilizada, em grande parte, pelo sucesso financeiro da The Eras Tour, encerrada em 8 de dezembro de 2024, após 149 shows ao redor do mundo. A turnê arrecadou cerca de US$ 2 bilhões, segundo o The New York Times, valor que representa o dobro da segunda maior turnê da história, realizada pela banda Coldplay.
Além da bilheteria, o projeto envolveu outras fontes expressivas de receita, como o filme Taylor Swift: The Eras Tour, lançado em outubro de 2023, que arrecadou cerca de US$ 93 milhões em seu fim de semana de estreia, e o livro oficial da turnê, que também teve grande procura.
Por que Taylor Swift regravou seus álbuns?
A perda dos direitos de suas obras motivou Swift a criar o projeto “Taylor’s Version”, no qual regravou seus discos para reaver, ao menos parcialmente, o controle criativo e financeiro sobre seu trabalho.
Entre 2021 e 2023, foram lançadas as novas versões dos álbuns Fearless, Red, Speak Now e 1989, todos com faixas adicionais e grandes sucessos de crítica e público.
A estratégia também teve impacto direto nas plataformas de streaming, em que os fãs passaram a priorizar as regravações. Muitas pessoas buscaram o fone de ouvido, ligando nos streamings e optando pelos álbuns que trazem a assinatura “Taylor’s Version”, reforçando o movimento iniciado pela própria artista para esvaziar o valor comercial dos masters originais.
Agora, com o controle total de seu catálogo, Taylor Swift ainda tem dois álbuns que não foram regravados: Reputation e seu disco de estreia, conhecido como Debut.
A cantora já explicou que Reputation representa uma fase muito específica de sua vida, o que torna mais desafiadora a tarefa de revisitá-lo e transformá-lo em uma nova versão. Apesar disso, ela sinalizou que, no futuro, pode lançar faixas inéditas dessa época.
Fonte: Divulgação