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terça-feira, 17 de junho de 2025

Juti se prepara para a 18ª Feira de Sementes Nativas e Crioulas (1 a 3 de agosto de 2025)

O município de Juti, no sul de Mato Grosso do Sul, fica pronto para receber entre os dias 1º e 3 de agosto de 2025 a 18ª edição da tradicional Feira de Sementes Nativas e Crioulas e Produtos Agroecológicos. Em sua nova etapa, o evento propõe fortalecer a conservação das sementes crioulas, reforçando a segurança alimentar e a agroecologia na região.

Retomada e importância histórica

Iniciada em 2005, por um grupo de mulheres de assentamentos lideradas pela Irmã Lucinda e apoiadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), a feira nasceu com o objetivo de incentivar a troca de sementes tradicionais, promover a agrobiodiversidade e resgatar saberes populares

Nas últimas edições, sobretudo a partir da 7ª (2011), houve crescente participação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e da Embrapa, transformando o evento em um espaço que alia saberes populares e conhecimento técnico-científico.

Em 2015, durante a 11ª feira, foi inaugurado o Banco Comunitário de Sementes “Lucinda Moretti”, com apoio do CNPq, UFGD, Prefeitura de Juti e assentamentos locais – garantindo reserva genética e trocas durante todo o ano

Atuação e legado

Com percurso de mais de 17 edições, o evento se notabilizou como um catalisador de autonomia para pequenos agricultores, sobretudo de comunidades indígenas e assentados. Reuniões de três dias, oficina, palestras e mesa-redonda fizeram parte da programação desde 2014, evidenciando também o tema do cerrado.

Nos anos mais recentes, o evento ganhou ainda maior visibilidade, trazendo mais parceiros e expositores e alcançando amplo impacto na conservação de variedades regionais – ação reforçada pela atuação dos “guardiões de sementes”.

Importante registrar que, em 2024, o evento não ocorreu, retomando agora em 2025 com força renovada .

Programação da 18ª edição

A edição 2025 promete reunir:

  • Troca solidária de sementes nativas e crioulas
  • Oficinas práticas (produção de mudas, manejo agroecológico, PANCs, biocosméticos, entre outros)
  • Palestras e seminários, com foco em conservação do cerrado e soberania alimentar
  • Atividades culturais e de integração comunitária
  • Apresentação das experiências do Banco de Sementes e homenagens à história do evento

A UFGD, CPT, Prefeitura de Juti, Embrapa, Instituto Cerrado Guarani e demais parceiros devem marcar presença, fortalecendo a articulação entre ciência, campo e comunidades tradicionais.

Por que participar?

  1. Preservar diversidade genética: A feira fortalece o cultivo de variedades adaptadas localmente.
  2. Troca de saberes: Agricultores, indígenas, estudantes e pesquisadores trocam experiências e técnicas.
  3. Engajamento comunitário: A participação ativa da comunidade local reforça o senso de pertencimento e cidadania.

Com 18 anos de história, a Feira de Juti é, mais do que um encontro anual, um símbolo da resistência agroecológica e do protagonismo popular na valorização da agrobiodiversidade.

Convidamos todos os interessados — de produtores rurais a estudantes e simpatizantes da agroecologia — a participar desse encontro. A 18ª Feira acontecerá em Juti (MS), de 1º a 3 de agosto de 2025. É tempo de semear o futuro, resgatar memórias e colher conhecimento!

Este evento representa uma importante ocasião para fomentar práticas sustentáveis, promover o diálogo entre agricultura familiar, comunidades tradicionais e instituições acadêmicas, e dar visibilidade à inestimável riqueza das sementes crioulas do nosso cerrado.

FONTE: ASCOM – Donny Rojas – MTB 1717/MS

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