Segundo artigo do professor-doutor Angelo Zanaga Trapé, publicado no site do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), os dados mais recentes do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), divulgado pela Anvisa, apontam que os alimentos de origem vegetal consumidos no Brasil são seguros quanto aos riscos de intoxicação aguda e crônica. Foram analisadas 5.068 amostras de 25 alimentos entre os ciclos de 2018/2019 e 2022, incluindo produtos processados como café em pó, aveia e leite de soja, além de itens importados, como a pera.
Os resultados indicaram redução significativa no risco agudo, presente em apenas 0,17% das amostras mais recentes. Nenhuma exposição acima da Ingestão Diária Aceitável (IDA) foi observada para o risco crônico. Apesar de frutas como abacaxi e laranja apresentarem maior concentração de resíduos, a Anvisa reforça que a intoxicação aguda exige consumo excessivo, comportamento que deve ser evitado para qualquer tipo de alimento.
O autor destaca que esses dados são resultado da adoção das Boas Práticas Agrícolas (BPAs), que incluem o uso correto de agroquímicos, o respeito aos períodos de carência e a aplicação adequada dos defensivos. Além de garantirem alimentos seguros, as BPAs também protegem a saúde dos trabalhadores rurais e preservam o meio ambiente.
Trapé conclui que as ações regulatórias e o monitoramento contínuo promovidos por instituições como Anvisa, MAPA, Embrapa e CropLife Brasil são essenciais para manter a segurança alimentar da população. O relatório da Anvisa reforça que os casos pontuais de risco estão sendo tratados com medidas específicas para mitigar possíveis impactos à saúde pública.
Fonte: Agrolink – Leonardo Gottems