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sábado, 10 de maio de 2025

Peritos papiloscopistas desvendam casos desafiadores com agilidade em MS

Fazer da profissão uma missão para servir a sociedade tem sido a marca do trabalho dos peritos oficiais forenses papiloscopistas de MS. Mesmo em cenários desafiadores, os profissionais da identificação garantem a entrega do serviço, com a identificação de pessoas desaparecidas e a de corpos mutilados por diferentes razões.

O caso mais recente foi a identificação oficial em curto espaço de tempo do caseiro no Pantanal, que teve seu corpo destroçado por uma onça. A identificação foi possível pela necropapiloscopia, que é a identificação de cadáveres por meio de análise das impressões digitais (papilas dérmicas). É uma área da perícia forense que utiliza métodos padrão para a identificação humana post mortem, como o confronto de impressões digitais encontradas no cadáver com registros existentes.

No ano passado, outro caso desafiador resolvido em pouco tempo foi de uma pessoa que teve o corpo completamente carbonizado por conta de uma violenta descarga elétrica, motivada pelo seu contato com um cabo de alta tensão numa subestação de energia, em Campo Grande.

Para Danielle Bueno (foto), presidente do Sindicato dos peritos papiloscopistas de MS (Sinpap/MS), o compromisso social da categoria faz a diferença, apesar da falta de pessoal e estrutura adequada. “Trabalhamos com determinação e, quando chamados para servir, encaramos os desafios como missões a serem entregues em favor da sociedade”, afirma.

Empenho em casos difíceis – Danielle ressalta ainda que. mesmo em casos extremos, a perícia papiloscópica é capaz de garantir identificação de corpos. No caso do corpo encontrado completamente carbonizado na subestação de energia no ano passado, por exemplo, a princípio, outros profissionais da segurança pública acreditaram que não seria possível realizar a identificação por meio da necropapiloscopia, justamente pela condição cadavérica. “No entanto, uma consulta a um Perito Papiloscopista especializado demonstrou que havia, sim, possibilidade de obtenção das impressões digitais, mesmo diante da gravidade da situação”, relembra.

Neste caso de dificuldade extrema, foi aplicado um protocolo específico que utiliza reagentes químicos para a regeneração do tecido, sendo possível recuperar parcialmente e, assim, fornecer à identificação oficial da vítima. “Isso tudo, confirma que é o perito papiloscopista o profissional técnico-científico capacitado para avaliar, com precisão, a viabilidade da identificação, mesmo em condições extremas”, atesta Danielle.

Foco nas perícias  –  A papiloscopia e a necropapiloscopia são ciências exatas, com alto índice de eficácia e baixo custo para o Estado. Além disso, oferecem respostas rápidas, fator fundamental para garantir dignidade às famílias e encerrar, com precisão, capítulos dolorosos de incerteza. Além de baixo custo e mais ágeis, elas se diferem de outros métodos tradicionais de identificação cadavérica, que podem enfrentar atrasos, apresentar falhas, exigir amostras de comparação e gerar altos custos para o Estado, como já verificado em casos concretos no MS.

“A necropapiloscopia se destaca pela confiabilidade, agilidade e eficiência, consolidando-se como uma ferramenta essencial na elucidação de casos complexos e que efetivamente entrega uma resposta às famílias enlutadas”, enfatiza Danielle.

Fonte: Assessoria

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