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Amambai
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Construção civil e mercado imobiliário apostam em safra promissora para retomada econômica no Cone Sul

A produção agrícola renova as esperanças para setores impactados pela retração do agro, como construção civil e mercado imobiliário, e promete movimentar a economia local.

A safra 2024/2025 promete movimentar o Cone Sul de Mato Grosso do Sul, trazendo expectativas de recuperação após duas colheitas marcadas por desafios climáticos e econômicos. Segundo dados da Aprosoja MS, mais de 90% do plantio já foi concluído, com uma previsão de 4,501 milhões de hectares cultivados, um aumento de 6,8% em relação ao ciclo anterior. A estimativa de produtividade é de 51,7 sacas por hectare, com produção total projetada em 13,977 milhões de toneladas.

Em municípios como Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Caarapó e Juti, as lavouras encontram-se em estágios fenológicos entre VE e R3, apresentando, em sua maioria, boas condições. No entanto, desafios como o controle de plantas daninhas e pragas, especialmente o percevejo-marrom, têm exigido atenção redobrada dos produtores e empresas de assistência técnica.

Agro como motor da economia local

Amambai, assim como outros municípios da região, depende diretamente do agronegócio para movimentar seu comércio e serviços. Contudo, os resultados ruins das últimas duas safras impactaram negativamente diversos setores econômicos. “A retração no agronegócio refletiu na redução de investimentos em construção civil e queda na movimentação imobiliária”, afirmou um empresário do setor de materiais de construção.

De acordo com informações do PAC (Posto de Atendimento ao Contribuinte) e do Cartório de Registros, a arrecadação de ITBI caiu 23% em 2024, evidenciando a diminuição na venda de imóveis. Empresários da região destacam que a estagnação no mercado imobiliário é reflexo direto das dificuldades enfrentadas pelo agro nos últimos anos.

No setor de construção, as grandes obras praticamente desapareceram, e o movimento vem sendo sustentado por pequenos investimentos. “Houve uma queda de 30% nos últimos dois anos, mas estamos otimistas com a perspectiva de uma boa safra”, ressaltou o empresário

Outro empreendedor mencionou que o movimento estagnou nos últimos três anos, mas percebeu uma leve melhora com o aumento no preço da arroba do boi. Ele acrescentou: “A expectativa de uma boa safra é o que realmente anima o setor.”  

Expectativas

Apesar dos desafios, o aumento no preço da arroba do boi e as boas condições climáticas registradas até o momento renovam a esperança de dias melhores. Com o avanço do plantio e a perspectiva de uma safra promissora, espera-se que o agronegócio recupere seu papel de alavanca econômica, trazendo benefícios não apenas aos produtores, mas também aos diversos setores que dependem diretamente dessa atividade.

No Cone Sul, onde o agro dita o ritmo da economia, o sucesso da safra não é apenas uma boa notícia para os agricultores, mas para toda a comunidade que depende dessa engrenagem essencial.

Fonte: A.N./Grupo A Gazeta

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