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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Indígena, professora amambaiense é organizadora de livro produzido por pesquisadores da Fiocruz

2023-03-01 22:02:57

Indígena, professora amambaiense é organizadora de livro produzido por pesquisadores da Fiocruz

Fruto de um trabalho de pesquisa que teve início há quase uma década, o livro Pohã Ñana (Plantas Medicinais): fortalecimento, território e memória Guarani e Kaiowá, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco e pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp-RJ) conta com o trabalho da professora e historiadora amambaiense Aparecida Benites, Kunha Mbo’y Arandu.

A obra, que valoriza as práticas tradicionais de cura utilizadas pelos povos Guarani Kaiowá e repassadas pelos nhaderus e nhandesys — os rezadores e rezadoras — cataloga 79 plantas rasteiras e árvores árboreas que servirão de subsídio para pesquisas por todo o mundo. Além disso, de acordo com Aparecida, as pesquisas para o livro tiveram um impacto muito grande na relação com esses anciãos. “Recebemos um olhar diferente dos nhaderus e nhandesys, nos aproximamos deles e pudemos resgatar esses saberes tão importantes para a nossa cultura”, ponderou a historiadora amambaiense.

A pesquisadora da Fiocruz Pernambuco e coordenadora executiva do Observatório Nacional de Práticas Integrativas e Saberes Tradicionais, Islândia Carvalho explica que o livro é um dos frutos da pesquisa Práticas tradicionais de cura e plantas medicinais mais prevalentes entre os indígenas da etnia Guarani-Kaiowá, na região Centro-Oeste coordenada por ela e pelo pesquisador Paulo Basta, Ensp-RJ. O trabalho foi iniciado em 2013, na investigação do mote dos crescentes casos de tuberculose entre a comunidade indígena amambaiense e as plantas que a comunidade usava para os tratamentos.

O prefeito de Amambai, Dr. Edinaldo Luiz de Melo Bandeira, recebeu as pesquisadoras em seu gabinete na manhã desta segunda-feira (27) e ressaltou sua admiração pelos saberes indígenas. “Como prefeito e médico, tenho um grande respeito pela cultura Guarani Kaiowá e sei da importância dos saberes tradicionais da nossa comunidade indígena; é um grande orgulho saber que estes conhecimentos se tornarão fonte de estudo para o mundo inteiro”, finalizou Dr. Bandeira.

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Fonte e Fotos: Patrícia Dapper/SECOM

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