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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Dólar fecha em alta após notícias sobre relatório da reforma da Previdência

2019-06-12 16:47:09

Depois de passar a maior parte do dia em queda, o dólar fechou em queda nesta quarta-feira (12), depois que o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP) informou a líderes que vai excluir do relatório estados e municípios, além de retirar outros quatro itens acordados com governadores. A moeda norte-americana fechou em alta de 0,42%, vendida a R$ 3,8663.

Com as mudanças na reforma, a economia estimada é de R$ 850 bilhões a R$ 900 bilhões em dez anos, segundo o Valor apurou. "Os investidores não gostaram disso, especialmente da exclusão dos estados. É compreensível que o governo não queira arriscar perder cerca de 500 votos, mas o que o mercado queria agora era uma estimativa de R$ 1 trilhão para lá na frente reduzir para R$ 800 bilhões. Desse jeito, até a votação no Congresso, poderemos chegar a R$ 600 bilhões de economia, o que causa preocupação", defende Jefferson Laatus, operador do mercado e sócio do Grupo Laatus, segundo o Valor.

Investidores também seguiram monitorando os desdobramentos do vazamento de supostas conversas do ministro da Justiça, Sergio Moro, especialmente o impacto que isso pode ter sobre a tramitação da Previdência.

Do panorama externo, investidores monitoravam a aversão ao risco com renovadas tensões ligadas à disputa comercial entre Estados Unidos e China, após o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmar na véspera que não tem interesse em avançar a menos que a China concorde com quatro ou cinco "importantes pontos" que ele não especificou.

Por outro lado, tal cenário potencialmente beneficia ativos emergentes, uma vez que intensifica a pressão sobre o Federal Reserve para que reaja à deterioração na economia global cortando juros, avaliou à Reuters o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Mas se, ao contrário, o Fed decidir não aumentar os juros agora, recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, tendem a não migrar para aos Estados Unidos, o que afastaria essa pressão de alta do dólar em relação a outras moedas.

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