2012-02-10 07:01:00
Frentistas e demais empregados em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul reivindicam um piso salarial de R$ 900,00 a partir de 1º de março, data base da categoria, informa Gilson da Silva Sá, presidente do Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviço de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso do Sul).
“Lembramos que esse valor está bem abaixo do piso nacional que está sendo reivindicado para vigorar em todo o Brasil”, explicou Gilson Sá. Ele afirma também que o volume de trabalho nos postos aumentou bastante e isso, por si só, justifica um reajuste do piso da categoria. Os números da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, mostram isso: De 2006 para cá, a venda de combustíveis (gasolina, diesel, álcool e gás) aumentou muito, passando de 1.388,601 metros cúbicos vendidos no Estado naquele ano (2006) para mais de 2 milhões de metros cúbicos no ano passado.
Os empregados querem também participação no lucro dos postos. Esse benefício aos empregados, segundo Gilson, tem respaldo na Lei nº 10.101 de 19/12/2000.
Para os empregados que exercem a função de chefe ou líder de pista, receberão dois pisos salariais da categoria, devidamente acrescidos de seus respectivos adicionais.
Sobre o trabalho nos feriados, a reivindicação é de que as horas laboradas nos feriados, assim definido pela legislação federal, estadual ou municipal, terão um adicional de 150%. E para cada feriado trabalhado o empregado terá uma folga na semana subsequente.
O aumento de venda de combustíveis em Mato Grosso do Sul tem provocado uma sobrecarga de trabalho principalmente dos frentistas, que são obrigados a se desdobrarem para dar conta do crescente número de veículos que aumentou em praticamente todas as cidades sul-mato-grossense. “Acreditamos que aumentou a frota de veículos do Estado por conta da economia nacional que vai muito bem. O Brasil está atravessando uma ótima fase em sua economia. O desemprego praticamente inexiste em quase todos os setores”, explicou Gilson Sá. Para ele, é justo que as empresas promovam as devidas retribuições ao trabalho dos empregados que aumentou bastante. “Basta analisarem os números apresentados pela ANP que acompanha a venda mensal de combustível em todos os municípios de Mato Grosso do Sul”, explica.