2009-01-23 15:57:00
Suzana Machado
De acordo com empresários do ramo de papelaria e livraria, este ano as escolas diminuíram os itens na lista de compra do material escolar.
De acordo com Berenice Signori, empresária da área de papelaria, proprietária da Barbarela, não houve alterações nos valores dos produtos básicos em comparação com o ano passado. “Houve até uma queda no preço dos cadernos. Isso se deve também ao surgimento de novas marcas no mercado, o que estimula a concorrência e quem sai ganhando é o consumidor.”
Alguns pais já começaram a comprar o material escolar dos filhos em dezembro, aproveitando o maior número de variedades e evitando transtornos, como filas.
“Com a alta do dólar, as pessoas estão comprando mais aqui mesmo e deixando de buscar os materiais no país vizinho. Aqui, para nós, os concorrentes acabam sendo cidades como Campo Grande e Dourados, mas mesmo assim, em termos de competitividade, nós oferecemos os valores mais baixos”, acrescenta Berenice.
As livrarias e papelarias do município também atendem a consumidores de cidades vizinhas, como Sete Quedas, Paranhos e Aral Moreira.
Outro atrativo utilizado pelos empresários, além dos preços mais baixos, são as formas de pagamento. “Aqui mesmo estamos vendendo com o primeiro pagamento para 15 de março e no cartão fazemos em até 6 vezes. Além disso, os clientes concorrem a um Not Book e a escola que mais comprar ganha um computador.”
Segundo Berenice, algumas listas custam menos que o valor de uma pizza. “É claro que os valores variam de acordo com a escolha de cada um; tem pais que optam pelas marcas mais baratas, mas também existem aqueles que compram materiais de marcas mais caras; isso vai da opção do consumidor.”
A empresária destaca que a cobrança existente em cima dos valores dos materiais escolares às vezes chega a ser injusta. “A comparação dos valores do material escolar com outros produtos de consumo às vezes chega a ser injusta. As pessoas não levam em consideração que a utilização dos mesmos se dá através de médio e longo prazo.”
Uma das formas utilizadas pelos empresários para ofertar preços mais baixos é a compra dos produtos diretamente das indústrias. “Com relação ao Paraguai, sabemos que lá eles têm uma isenção de até 40% de imposto e conosco, aqui, é o contrário; em dezembro mesmo, pagamos cerca de R$ 12 mil de impostos em cima dos materiais comprados. O lado positivo disso é que o recolhimento desse dinheiro gera retorno para a cidade.”
Segundo a empresária, o papel é o material onde menos se trabalha com margem de lucro. “É um material muito caro, e temos que vender ao preço mais acessível possível para os consumidores; consequentemente trabalhamos praticamente sem margem de lucro com relação a esse material.”
Confira na lista os valores (em média) dos materiais escolares básicos:
Caixa de Lápis de Cor (12 unidades) – R$ 2,35
Borracha – R$ 0,20
Apontador – R$ 0,25
Caneta – R$ 0,35
Régua – R$ 0,25
Caderno com 10 matérias – R$ 5,95
Cola escolar – R$ 0,59
Estojo – R$ 1,00
