2008-09-23 21:39:00
O juiz da 33ª Zona Eleitoral de Mundo Novo, Alexandre Tsuyoshi Ito, deferiu liminar em representação da coligação “Eldorado, Nossa Terra Nosso Orgulho” da candidata à prefeita de Eldorado Marta Maria de Araújo (PDT), e determinou que a coligação “Amor, Trabalho e Fé por Eldorado”, do candidato Auro Trento (PMDB), não divulgue vídeo à imprensa em que a pedetista supostamente estaria comprando voto do candidato a vereador Roberto Afonso Miranda (PMDB). A coligação do PMDB recorreu ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) da decisão.
Marta, o candidato a vice Mário Coelho (PSDB) e o candidato a vereador José Martins (PDT) são réus em representação da coligação do PMDB na mesma Zona Eleitoral (que circunscreve Eldorado) acusada pelos autores da ação de compra de voto. O juiz ainda não proferiu a sentença.
Entenda o caso
O candidato a vereador Roberto Afonso teria sido o responsável pela gravação do vídeo de Marta tentando comprar seu voto e a desistência da candidatura. O vídeo teria sido anexado à representação eleitoral.
Mas a tentativa de compra do voto teria sido recorrente por alguns dias. Conforme a representação, no dia 1° de agosto, José Martins propôs ao candidato a vereador Roberto Afonso que ele desistisse da candidatura e que ele e sua família votassem em Marta, além de apoiá-lo. Roberto gravou a conversa.
No dia seguinte, Rosilene Galdino dos Santos e o candidato a vereador Agnaldo Maximino dos Santos (PPS) foram à casa de Roberto para marcar encontro com Marta, o que ocorreu às 13h do mesmo dia, quando a conversa teria girado em torno do oferecimento de vantagens para que Roberto desistisse da sua candidatura.
No dia 3 de agosto, José Martins e o advogado Edson Martins (irmão do candidato), teriam ido à casa de Roberto quando lhe teriam entregado R$ 1,5 mil. Na inicial da representação foi anexada a degravação da conversa entre José, Edson e Roberto. Um dia depois, José Martins teria retornado à casa de Roberto para que ele assinasse documento desistindo da candidatura, o que Roberto não faz.
Supostamente insatisfeita com a demora de Roberto em desistir, o candidato teria recebido visita de Marta e Mário Coelho, ocasião que teria sido filmada, quando novamente teria havido tentativa de compra de voto. O representante alega que houve captação ilícita de sufrágio, ou compra de voto, razão pela qual pede a cassação dos registros ou diplomas dos candidatos representados e pede ainda que seja arbitrada multa no valor de 50 mil UFIRs, o equivalente a R$ 53.205.
