2008-09-03 07:38:00
Vilson Nascimento
Uma família indígena na etnia guarani-kaiowá está vivendo a pelo menos 45 dias em condições sub-humana às margens de um córrego situado na rodovia MS-289, trecho que liga Amambai a Jutí, a cerca de
Desempregado e sem apoio dos órgãos competentes, Celso Romero de 75 anos, a esposa, Marilucia Lopes de 25 e uma criança de apenas 6,4 anos, moram ao relento praticamente no leito do rio, onde chegam a passar forme.
Segundo o indígena ele trabalhava em uma fazenda da região de Amambai como diarista, mas acabou perdendo o emprego e sem per para onde ir, acabou parando às margens do riacho onde ele e a esposa pesca pequenos lambarias para alimentar para se alimentar e alimentar a criança.
“Para tentar levantar dinheiro para comprar comida corto madeira no mato e faça cabos de machado e foice para vender na cidade”, disse o indígena que não conta se quer comum barraco de lona para se abrigar da chuva e do frio.
“Tenho uma lona escondida que só armo para nos cobrir quando vem chuva”, disse o guarani-kaiowá que teme montar um pequeno barraco e sofrer represália, sendo confundido com um invasor.
“Só estou aqui porque não tenho para onde ir com minha família. Quando tiver um emprego vou embora”, disse o indígena ao afirmar que teme viver nas aldeias por causa da violência, já que o irmão de sua esposa teria sido assassinado a facadas recentemente na Aldeia Limão Verde.