2008-09-03 08:19:00
Suzana Machado
O Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, que se reúne todo mês
Reunidos na Câmara Municipal de Vereadores, representantes do Conselho Estadual e Municipal de Saúde e profissionais da área discutiram a situação da saúde pública no Estado, com enfoque na região e no município de Amambai. Assuntos como encaminhamentos de pacientes para a capital e Dourados, vagas para atendimento e falta de especialistas (ortopedistas, neurologistas, entre outros) atendendo pelo SUS (Sistema Único de Saúde) foram abordados durante a reunião.
De acordo com Madson Ramos Moraes, conselheiro estadual de saúde e coordenador do Fórum do Usuário do SUS de Amambai, o encontro é uma forma de buscar melhorias na área da saúde no município. “Em Amambai temos falta de médicos e profissionais especialistas. Temos somente o Dr. Bandeira, que é ortopedista.”
Para Madson, Amambai ainda é um dos municípios onde a saúde está em andamento. “Comparando com outras cidades, Amambai ainda está se movimentando de maneira razoável, ainda não estamos 100%, mas a tendência é melhorar.”
Segundo Nilo Sérgio, superintendente de Gestão Estratégica da Secretaria de Saúde e que representava o secretário de saúde do Estado na reunião, faltam profissionais especializados para atender pelo SUS
Nilo Sérgio também falou sobre a questão dos encaminhamentos de pacientes do interior para Campo Grande e Dourados. “Com a saída do Hospital Evangélico do SUS, que ficou atendendo somente alguns setores, como pacientes da oncologia, nós tivemos que equipar e investir mais no Hospital Universitário (HU) de Dourados para fazer, por exemplo, as neuro-cirurgias.”
Segundo Nilo, Campo Grande atende cerca de 2 milhões de habitantes na área da saúde. “Na capital estamos com 5 neuro-cirurgiões atendendo no Hospital Regional. Tentamos um acordo com a Santa Casa, para que esses profissionais passassem a atender lá, mas não obtivemos êxito por parte da Santa Casa e os profissionais também não demonstraram interesse.”
De acordo com Nilo, a expectativa é de que quando o HU estiver todo equipado, a situação se amenize um pouco. Para o superintendente de Gestão Estratégica da Secretaria de Saúde, a situação é bem complicada. “Já tentamos colocar UTI’s em cidades do interior do Estado, mas os profissionais querem trabalhar nos grandes centros, não querem se mudar para as cidades menores. Em Dourados mesmo, foi preciso que um neumatologista ficasse um ano no município, ministrando curso na área.”
Estiveram presentes na reunião, que aconteceu dia 28, além de Nilo Sérgio, Edelma Tiburcio, presidente do Conselho Estadual de Saúde e representantes da área de saúde dos municípios de Caracol, Ponta Porã, Coronel Sapucaia, Tacuru, Paranhos, Rio Brilhante, Campo Grande, Nova Alvorada e Dourados.
Em Amambai foi a terceira reunião descentralizada do Conselho Estadual de Saúde. Coxim e Paranaíba também já receberam o encontro. A próxima cidade que irá discutir a situação da saúde no Estado será Corumbá, em outubro.