2008-08-23 13:17:00
Suzana Machado
A Federação Nacional das Apaes (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais), tem como tema da Semana Nacional do Excepcional desse ano “Defender os direitos humanos é valorizar a diversidade e promover a dignidade”.
A Semana Nacional do Excepcional, que iniciou dia 21, vai até o dia 28 de agosto. Em Amambai, a Escola Especial Renascer (APAE) programou uma semana com atividades diversificadas.
Para dar início às atividades da Semana, a APAE aproveitou que em todas as quintas-feiras é realizada a Equoterapia com os alunos e promoveu uma interação, convidando escolas municipais e estaduais do ensino fundamental para acompanharem o trabalho desenvolvido através deste método terapêutico.
“Convidamos as escolas para que os alunos vejam como é feita a Equoterapia; grande parte das pessoas não tem conhecimento de como é realizado este tipo de trabalho; por isso achamos interessante fazer o convite”, declara Mires Lúcia Bellé Sottili, diretora da APAE de Amambai.
Além dos alunos que normalmente freqüentam as aulas, os outros também tiveram, ontem, a oportunidade de verem de perto como são as atividades da Equoterapia.
A ansiedade era geral, tanto dos alunos da APAE, quanto dos alunos das outras escolas que chegavam ao 17º RC Mec, onde são realizadas as aulas.
“Atividades como esta são muito importantes principalmente pela questão da inclusão; temos crianças da APAE que estudam em nossa escola e também pelo fato dos alunos ficarem conhecendo como é feita a Equoterapia”, afirma Nair Trento, coordenadora do 1º ao 5º ano da Escola Municipal Julio Manvailler, que participou da atividade no período da manhã, juntamente com a Escola Municipal Antonio Pinto da Silva e a Escola Municipal João Rodrigues.
A Equoterapia – Dos 80 alunos da APAE, cerca de 28, com idades entre 2 e 15 anos, praticam a Equoterapia, que é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar. “A Equoterapia ajuda a melhorar a parte motora e de aprendizado das crianças. Ela possui três fases: a Hipoterapia, onde o paciente ainda não tem o controle da parte motora do corpo; a Educacional/Pré-esportiva, onde ele já monta sozinho e tem o acompanhamento do monitor; e a Equitação Terapêutica, onde ele já tem o domínio sobre o cavalo, pula obstáculos, galopeia”, ressalta a fisioterapeuta responsável, Silmara Silva Tolomeotti.
De acordo com Silmara, o cavalo é o animal que mais se assemelha ao movimento do ser humano. “O movimento dele é tridimensional, ou seja, em cima, em baixo, pra frente e pra trás; tais movimentos ajudam a reajustar e melhorar a postura do paciente, entre outros benefícios para o desenvolvimento motor e cognitivo.”
As aulas de Equoterapia são realizadas no 17º RC Mec, parceria fundamental para a realização da atividade.
“A Equoterapia é indicada para várias patologias, tanto para crianças como para adultos, auxiliando na recuperação psicológica e motora dos pacientes.”
Segundo Silmara, o contato com o animal e a atividade ao ar livre contribui ainda mais para que as crianças se soltem, obtendo assim resultados muito positivos no desenvolvimento das mesmas. “Nosso objetivo é a recuperação dessas crianças e mostrar que elas têm capacidade, tanto de montar quanto de interagir com as outras pessoas”, acrescenta a fisioterapeuta.