2008-08-21 13:04:00
Encontro realizado na noite da última, terça-feira (19), em Caarapó, no salão de eventos do parque de exposição, reuniu diversos segmentos da sociedade, para discutir Direito de Propriedade e Questões Indígenas.
O encontro foi organizado pelo Sindicato Rural de Caarapó e contou com a presença do presidente do Sindicato Rural de Amambaí, Christiano Bortolotto e de Navirai, Luiz Miguel Viero.
O debate girou em torno da TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) das portarias emitidas pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) que prevê avaliações e estudos antropológicos em 26 municípios do Estado, principalmente na região sul, para demarcação de terras indígenas.
Discursos acalorados e argumentos contundentes marcaram o encontro. “Há um risco para a soberania nacional, principalmente nas demarcações feitas nas áreas de fronteira”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Amambai, Christiano Bortolotto.
Bortolotto expôs a situação dos agricultores do Mato Grosso do Sul, que se sentem ameaçados pela presença de antropólogos no estado para fazerem, em cumprimento a portarias da Fundação Nacional do Índio, estudos de demarcação de terras indígenas em 26 municípios.
Argüido sobre os problemas ora correntes na região de fronteira do MS, Bortolotto foi categórico: “Nosso sentimento é de que os títulos de propriedade centenários têm que ser válidos; não podem ser invalidados de uma hora para outra, nossa região concentra 15 usinas, representa 20% do PIB do Estado e gera 3,6% dos empregos diretos da região, não podemos assistir calados a essas portarias”, finalizou
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Carrapó, Jesus Camacho, o encontro foi extremamente positivo, pois reuniu expressivas lideranças locais e regionais. “Levamos ao conhecimento da população a verdade do que está acontecendo, estamos nos articulando e esperamos, em breve, que as autoridades revejam essas portarias”, disse.