2008-08-16 10:20:00
Suzana Machado
No mesmo ano em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 60 anos, a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), incluindo a unidade de Amambai, vem desenvolvendo um importante trabalho na área dos direitos da criança e do adolescente. Através do projeto “Escola que protege”, do MEC (Ministério da Educação), a UEMS, articulada com representantes de toda a rede de proteção à criança e ao adolescente (professores, Conselho Tutelar, Assistência Social, organizações, entre outros) vem desenvolvendo um trabalho que envolve discussões e busca de soluções para os problemas e falhas encontrados no sistema de ensino.
Desde o ano passado a unidade de Dourados aderiu ao projeto, que em 2008 se estendeu também para as unidades de Amambai, Mundo Novo, Jardim e Ivinhema. A UEMS foi a primeira instituição de ensino público a ter o projeto.
O “Escola que protege” trabalha com o enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes, aborda e discuti várias questões e problemas que envolvem este universo.
Em Amambai a coordenadora do Projeto é a professora gerente da UEMS, Viviane Scalon. De acordo com Viviane, são realizadas reuniões e o projeto é organizado por temas. “O ‘Escola que protege’ trabalha a formação de educadores, para que os mesmos saibam reconhecer quando uma criança está sofrendo algum tipo de violência e como ajudá-la.”
Ao todo são 150 vagas no projeto – Temas como Violência e Saúde, Violência e Educação já foram trabalhados no município através do projeto. “São feitos encontros, debates e palestras durante o projeto. Ao final do curso, todos os participantes terão que elaborar um plano de intervenção e colocá-lo
Para Viviane, o projeto tem importante papel na proteção de crianças e adolescentes. “Por abordar vários temas, o projeto auxilia os professores a lidarem e reconhecerem situações que muitas vezes passam desapercebidas. Casos como a prostituição infantil e a homossexualidade são difíceis de serem abordados pelos educadores, que por não saberem como lidar com a situação, podem acabar optando por ficarem omissos.”
Problemas como pedofilia, pedofilia na internet e o buullyng, que seria o assédio moral de alunos nas escolas, também são abordados durante o projeto.
“O grande objetivo do projeto é interferir na escola, lugar onde as crianças passam uma boa parte do seu tempo e combater os problemas e a violência que podem atingi-las. A violência é uma declaração de incompetência no caso de quem educa. Quando os pais batem estão reafirmando sua incapacidade de educar o filho de outra forma, que não seja a da agressão física”, ressalta Viviane.
No próximo dia 28, o projeto irá abordar o tema “Mitos e Verdades sobre a violência sexual”, através de palestra com Estela Scandola, diretora do Ibiss-CO (Instituto Brasileiro de Inovações Pró-sociedade Saudável – Centro Oeste), de Campo Grande, às 19h, na unidade da UEMS de Amambai.