2008-08-16 10:57:00
A ex-ministra Marina Silva, uma das poucas que passou por este governo Lula mostrando lisura e alguma competência, deixou sua pasta desgastada com o ministro do Sealopra, Mangabeira Unger. Como bom e escolado cabrito não berrou; agora abriu suas baterias contra o tal ministro.
Na verdade até que demorou algum tempo, já que a múmia chamada Mangabeira Unger é uma espécie de oportunista com pinceladas de escroque filosófico. A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deflagrou as hostilidades. Não contra seu sucessor, Carlos Minc, mas contra o ministro do Sealopra, doublé de coordenador do programa Amazônia Sustentável. Afirmou a senadora, em artigo assinado na imprensa, que Mangabeira exprime um retrocesso e uma contradição, falta ao respeito com a sociedade, o Congresso e o governo quando declara não serem para valer as leis de proteção ao meio ambiente, feitas apenas para enganar os estrangeiros.
Segundo a imprensa especializada que cobre os escaninhos do governo, a bagunça e a cizânia correm soltas entre os ocupantes do primeiro escalão. Como Carlos Minc, mesmo em silêncio, joga no time de Marina Silva, humilhados que foram pela transferência de suas atribuições ao ministro do Futuro, caracterizou-se mais um racha no governo. Guido Mantega, ministro da Fazenda, e Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, andam às turras. O mesmo acontece com Tarso Genro, ministro da Justiça e boquirroto declarado, e Nelson Jobim, ministro da Defesa e defensor de mensaleiros.
O bananão Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, bate de frente com Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, um idiota completo. Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, enfrenta Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, mãe do PAC e a queridinha do presidente, acolitada pelo presidente da Petrobrás. Entre outras seqüelas.
Enquanto a balbúrdia impera, o palhaço-mor continua viajando pelo mundo com o nosso dinheiro e rindo da nossa cara. E o pior de tudo é a popularidade comprada com os miseráveis caraminguás do “Bolsa Família”. Somos mesmo um povo de otários, e ainda por cima, nos vendemos barato, mas talvez por mais do que realmente valhamos.
Pindorama e as demarcações – Essa questão das portarias da FUNAI que determinam a vistoria e demarcação de uma boa parte do nosso estado está tirando o sono de muita gente. Realmente é um assunto sério e que precisa ser tratado como tal. A sociedade em geral e toda a população desses 26 municípios “contemplados” com as portarias precisa tomar medidas definitivas, entrar na Justiça para preservar o direito de propriedade e, mais do que isso, o direito de viver tranqüila e com a segurança que a Constituição prevê. Não é possível ficar eternamente refém de decisões inconstitucionais, mas que, ao serem anunciadas, causam temor e desestabilização. Na hipótese – maluca, mas perfeitamente factível – de uma grande desapropriação de terras que são devidamente documentadas com escrituras públicas, toda a sociedade sofreria suas conseqüências deletérias. Haveria uma imensurável queda na geração de riquezas com efeito direto na circulação de moeda, queda de consumo, falências e desemprego. Seria o estabelecimento do caos, com as benesses oficiais.
A situação é grave e, sem dúvida, ilegal, pois os signatários das portarias simplesmente deixaram a Constituição Federal de lado e, na contramão do que se espera de servidores públicos, pagos com o nosso dinheiro, extrapolaram a Lei.
A grande maioria dos índios nem sabe o que está acontecendo e quem sabe é contra medidas unilaterais e absurdas como essa tentativa de criação de uma nação Guarani, engolindo cidades e levando o caos a uma região cuja população e constituída em sua grande maioria de gente ordeira e trabalhadora que produz e quer apenas viver