2008-08-06 13:42:00
O processo de delimitação de terras indígenas para demarcação em Mato Grosso do Sul dominou as discussões hoje na sessão da Assembléia Legislativa.
Tanto oposição, quando parlamentares que apóiam o governo, defenderam que a falta de informações pode prejudicar o desenvolvimento das ações da Funai.
Grupos que usam de contra-informação, segundo o deputado Pedro Kemp (PT), acabam se aproveitando de equívocos para jogar a sociedade contra o trabalho. “Tem de ficar claro que ninguém vai criar uma Nação Guarani no Estado, que os 26 municípios em questão não vão ser totalmente demarcados, isso não existe.”
O deputado Paulo Correa (PR) disse que “o terrorismo feito sobre o caso é fruto de desinformação” e responsabiliza a Funai pelo problema. “O governo federal havia dito que avisaria o governador quando fosse iniciar o processo, e isso nunca ocorreu”, disse Correa.
Para ele, “alguém vai morrer”, caso não sejam feitos esclarecimentos imediatamente ou suspensos os trabalhos.
Amarildo Cruz (PT) disse concordar com a necessidade de detalhamento sobre os estudos, mas criticou algumas posturas adotadas e pronunciamentos feitos até o momento. “Vi que o governador andou dizendo que o Estado não vai ser terra de índio, mas tem de ser sim: terra de índio, negro e amarelo.”
O pedido de ações para evitar maiores conflitos, tomou corpo entre os deputados. “A reação deve começar aqui dentro dessa casa. Temos de chamar a Funai para essa discussão. Não podemos deixar que pare Mato Grosso do Sul. Todos estão preocupados, tanto os fazendeiros, quanto o comércio”, reclamou o deputado Reinaldo Azambuja (PSDB).
