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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Beira-Mar e Abadía tinham 3 planos para fuga do presídio

2008-08-06 14:15:00

Para fugir da Penitenciária Federal de Campo Grande, Luís Fernando da Costa, o Beira-Mar, Juan Carlos Ramirez Abadía, José Reinaldo Girotti e João Paulo Barbosa, havia arquitetado três planos.

“A gente sabe que eles tinham três planos. O primeiro era a invasão do presídio, o segundo interceptação de comboio e o terceiro seqüestro de autoridades”, revelou o diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Wilson Damázio.

Ele explica que os quatros não têm comunicação entre eles dentro da unidade, mas usavam parentes e advogados para intermediar a conversa e elaborar os planos. Um dos parentes seria Ivana Pereira de Sá, ex-mulher de Beira-Mar, e um dos advogados seria Wladimir Búlgaro, que defende Girotti.

Os dois foram presos na segunda-feira (4) na Operação X, desencadeada pela PF (Polícia Federal), MPF (Ministério Público Federal) e Justiça Federal. Ela foi presa quando visitava Beira-Mar e ele, em casa, em São Paulo.

Beira-Mar, Abadía, Girotti e João Paulo, já estavam presos e agora têm mais um processo para responder. Também foram presos na segunda-feira Leandro Oliveira dos Santos e Leonice de Oliveira, ambos em Nova Andradina. Eles também fariam parte dos planos.

Os quatro detentos do presídio federal, devem ficar no regime RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), no qual Beira-Mar já está. Segundo Damázio, é aguardado apenas autorização da Justiça Federal para deixar Abadía, Girotti e João Paulo, sem banho de sol e sem direito a visita íntima, situação que já acontece com Beira-Mar.

De acordo com Damázio, os planos foram descobertos em janeiro deste ano pelo grupo responsável pela inteligência do sistema penitenciário federal e as informações repassadas à PF, para investigação. Ele explica que o atentado ocorrido em abril, seria a primeira parte do plano, que foi frustrada.

O segundo plano, a interceptação de comboio, seria uma tentativa de resgate de um deles quando saíssem para audiências. O terceiro, o seqüestro de autoridades. A intenção era seqüestrar para trocar por fuga. Ou seja, a quadrilha devolveria o seqüestrado caso conseguisse sair da prisão.

Um dos alvos seria ou o senador Magno Malta (PR-ES) ou uma das filhas dele. Malta era presidente da CPI do Narcotráfico e atual da Pedofilia e em entrevista coletiva nesta terça-feira disse que soube que era um dos alvos através de um informante, o mesmo que o ajudou durante os trabalhos da CPI do Narcotráfico entre 1999 e 2000.

Conforme a Agência Senado, o informante relatou que a ameaça de seqüestro partiu da irmã de Fernandinho Beira-Mar, Alessandra. Pretendendo enviar um recado a um deputado, que tentava localizar uma moça paraibana que viveria com um dos traficantes da quadrilha de Beira-Mar, ela teria revelado a existência de um plano para o seqüestro de deputados, senadores, juízes ou familiares.

O jornal O Globo cita como também supostos alvos de sequestros um dos filhos do presidente Luís Inácio Lula da Silva. O jornal Correio do Estado diz que a ex-ministra e ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, também está na relação.

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