2008-07-31 11:03:00
Um encontro realizado ontem à noite em Iguatemi, no salão social da maçonaria, reuniu diversos segmentos da sociedade como prefeitura, sindicato rural, associação comercial, associações de bairros, dentre outras, para discutir Direito de Propriedade e Questões Indígenas.
O encontro foi organizado pelo Sindicato Rural de Iguatemi, a Prefeitura Municipal, a Associação Comercial e a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), que já realizou o debate em outros municípios como Navirai e Dourados.
O debate girou em torno da TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) das portarias emitidas pela FUNAI (Fundação Nacional do Índio) que prevê avaliações e estudos antropológicos em 26 municípios do Estado, principalmente na região sul, para demarcação de terras indígenas.
A abertura foi realizada pelo presidente do Sindicato Rural de Iguatemi, Márcio Margatto, que agradeceu a presença de todos, especialmente o grande público que lotou o salão, estimado em 500 pessoas. Seguidamente o prefeito Lídio Ledesma falou da importância do assunto ser debatido pela comunidade “e não ser decidido pela emissão de uma portaria governamental”, disse o prefeito.
Após a abertura oficial, membros da Famasul, como o diretor-secretário da entidade, Dácio Queiroz, o coordenador de unidades, Robson Souto além de Josiel Quintino dos Santos e Fabiane apresentaram à população o teor das portarias da Funai e levaram a questão ao debate popular.
Segundo o presidente do SRI, Márcio Margatto, o encontro foi extremamente positivo, pois reuniu as mais expressivas lideranças locais, além de acampados da Fetagri e MST. “Levamos ao conhecimento da população a verdade do que está acontecendo, estamos colhendo muitas assinaturas em um grande abaixo-assinado e esperamos, em breve, que as autoridades revejam essas portarias”, disse Margatto.
Ele informou ainda que o Sindicato Rural de Iguatemi já entrou com representação contra a Funai pedindo os pontos e a data da possível vistoria da Funai em propriedades do município. O mesmo deve acontecer em nível de Estado e também dos municípios, através das prefeituras.
