2008-07-19 01:25:00
O delegado titular da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal, em Campo Grande, Haroldo Malheiros Bastos, de 33 anos, foi encontrado morto na madrugada desta sexta-feira, com um tiro na cabeça e o caso é tratado como suicídio.
Os bombeiros foram acionados por volta de 4h30, pela esposa do delegado, mas quando chegaram ao local, um apartamento na rua José Antônio, entre a Dom Aquino e Marechal Cândido Rondon, no centro, ele já estava morto.
O delegado estaria tomando medicamentos para se tratar contra depressão, segundo informações apuradas pela Polícia Civil junto da esposa dele. O caso é tratado como suicídio. Segundo apurou o Campo Grande News, delegado teria discutido com a esposa e depois efetuado um disparo na cabeça.
No chão da sala do apartamento do casal, a polícia encontrou uma estátua de porcelana quebrada. O delegado da Depac, Rodrigo Vasconcelos Braga, diz que todos os indícios levam a crer que o delegado tenha disparado contra própria cabeça, mas as investigações vão ocorrer como de praxe.
Foi feito exame para apontar se há resíduos de pólvora nos dedos dele e também na esposa. O corpo foi encontrado no chão, ao lado da cama. A esposa dele, cujo nome está sendo preservado, disse que o delegado disparou a arma na frente dela.
Um buraco foi encontrado na janela de metal do quarto. A polícia vai voltar ao local no período da tarde para averiguar se o furo foi causado pelo projétil que atingiu o policial.
Perfil – Uma pessoa tranqüila e reservada. Essa é a imagem que os vizinhos guardam do delegado Haroldo Malheiros. Há um ano e meio ele morava no edifício.
Começou a carreira em Marilia (SP), transferido para o Mato Grosso do Sul foi lotado em Ponta Porã e depois veio para Campo Grande, onde era titular da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal.
Recentemente o policial chegou a comentar com vizinhos que se mudaria do prédio, mas acabou renovando o contrato de aluguel com a imobiliária.
Sandra Forti, de 54 anos, que é moradora do prédio, conta que por volta de 4h30 escutou o barulho de um tiro e gritos de socorro, que seriam da esposa do policial federal. “Ela dizia ‘eu te amo, não me deixa’”, conta.
A polícia foi acionada pelo porteiro. No local, os peritos recolheram lençóis, um edredon e arma. A esposa do delegado está em estado de choque. O corpo será trasladado para Marília (SP), cidade natal do policial e onde estão seus familiares, segundo informações da PF.