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terça-feira, 12 de agosto de 2025

Corumbá registra 72 casos de leishmaniose em 60 dias

2008-02-14 20:08:00

O município de Corumbá já registra neste início de ano 72 casos confirmados de leishmaniose canina e um em humanos. Os dados foram confirmados pelo Controle de Endemias da Prefeitura. Durante todo o ano de 2007, mais de mil animais apresentavam a doença enquanto que cinco pessoas foram infectadas. A maioria dos casos foram detectados no Centro da cidade, mas também foram notificados nos bairros Popular Nova e Cervejaria.

A pessoa infectada apresentava a leishmaniose tegumentar americana – menos grave que a visceral, pois agride a parte externa do corpo. A doença é transmitida através da picada de um mosquito. Geralmente a doença acomete cães sadios, enquanto que nos humanos tem predileção por pessoas com imunidade diminuída (crianças, idosos, doentes).

Como o tratamento canino não obtém, em geral, a cura muitos são sacrificados. De acordo com a chefe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Marli Brasil caso o dono não queira entregar o cachorro para a eutanásia, têm que assinar um termo de responsabilidade e compromisso de cuidar não só dos animais mas também do ambiente onde vivem.
Marli afirma que muitos moradores esperam aparecer os sintomas da doença para tomar as devidas providências.

A leishmaniose é transmitida pelo Palha (hospedeiro), de pequeno porte, medindo em torno de 2 a 3 milímetros, menor que um pernilongo comum. O mosquito pica o homem geralmente ao entardecer e no começo da noite, quando transmite a doença.

O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação que varia de dois meses a seis anos. Os sinais mais comuns da enfermidade são problemas de pele e pelo (dermatite seborréica, falta de pelo ao redor dos olhos, feridas na ponta das orelhas e na ponta do focinho), crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, apatia, febre, sangramento nasal ou oral, problemas nos olhos, pode haver aumento do abdômen por causa do aumento de órgãos (baço e fígado), problemas renais.

No entanto mais da metade dos cães portadores não apresentam sinais. Tratamento A doença tem tratamento, mas é longo e precisa de internação nos primeiros dias e é mais grave do que a dengue. A leishmaniose tem sintomas semelhantes aos da dengue, como febre e dores no corpo, além de úlceras na pele.

A vacina de nome Glucantime só é aplicada quando a pessoa apresenta indícios de que tem a enfermidade. Conforme a chefe do CCZ na próxima semana o município deve intensificar os trabalhos de combate a proliferação do mosquito que transmite a doença.

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