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domingo, 28 de abril de 2024

Conseagri quer calendário único para vacina contra aftosa

2007-11-30 13:16:00

A proposta de um calendário único de vacinação contra a febre aftosa, em todo o País, foi aprovada nesta quinta-feira pelo Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri). A reunião, que aconteceu durante todo o dia na cidade do Rio de Janeiro, acabou há pouco e contou com a presença da secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Seprotur), que é vice-presidente do Conselho.       
    
Conforme o presidente do Conseagri e secretário mineiro, Gilman Viana, “a proposta da unificação do calendário irá facilitar o controle da eficiência da vacinação”. A decisão acordada entre os membros será documentada e encaminhada com outras propostas ao ministro da Agricultura (Mapa), Reinhold Stephanes. 

Contudo, a reinvidicação não inclui o Rio Grande do Sul nem a Ilha de Marajó. O Estado gaúcho permanece seguindo o calendário de vacinação do Uruguai, em janeiro e junho, porque fica próximo da fronteira com aquele país e faz divisa com o Estado de Santa Catarina, que já se encontra livre da febre aftosa sem vacinação. Já a ilha tem condições climáticas próprias e se localiza em ponto isolado.

De acordo com Gilman Viana, a unificação do calendário de vacinação torna desnecessário cumprir a exigência atual, de manter o gado durante algum tempo no circuito onde foi vacinado. “Haverá simplificação do processo e a comercialização dos animais será agilizada”, destacou. 

O Conseagri decidiu propor também ao Mapa que torne mais ágeis os testes de eficiência e vacinação realizados. Atualmente, cabe aos órgãos de saúde animal dos estados fazerem a coleta do material e enviar ao ministério para a realização dos testes. Os secretários consideram que, para facilitar o trabalho, os laboratórios deveriam retirar da vacina o componente proteína estruturada, responsável pela lentidão na análise e pela demora na apresentação dos resultados da vacinação.

Fronteira – No documento a ser enviado ao ministro Reinhold Stephanes, o Conseagri volta a cobrar do governo federal a criação de um projeto específico de vigilância sanitária na fronteira. Esta reivindicação havia sido feita no encontro realizado pelo Conselho em agosto, em Mato Grosso do Sul. 

Os secretários entendem também que os serviços de sanidade dos estados que exportam carne bovina deveriam ter o poder de fiscalizar e aplicar, se fosse o caso, punições às empresas que fazem a certificação de rastreabilidade dos animais. Um relatório preliminar da missão européia que esteve no Brasil apontou falhas no trabalho de rastreabilidade, que está sob responsabilidade do Ministério.

O Conselho volta a propor também ao Ministério que a liberação de verbas de defesa sanitária seja desvinculada da adimplência ou inadimplência do Estado diante de outras áreas do governo federal. Atualmente,um estado que tenha pendências com o governo federal no setor de saúde, por exemplo, não conseguirá a liberação de verbas para a defesa sanitária.

Com informações da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais

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