2007-06-05 03:32:00
Vilson Nascimento
A iniciativa adotada pelo Poder Judiciário em comum acordo com o Ministério Público Estadual em uniformizar todos os detentos que cumprem pena no EPAM (Estabelecimento Penal de Amambai) recebeu o apoio dos familiares dos internos durante a visita desse domingo, a primeira após a uniformização.
As informações são da direção do presídio em Amambai. Segundo a direção do EPAM que é realizada pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário em MS), a uniformização foi elogiada pelos familiares e principalmente pelas esposas dos internos que antes tinham a dura rotina de estarem trazendo e levando roupas para serem lavadas em casa e agora, com a mudança, os uniformes passarão a serem lavados dentro do próprio presídio.
“A uniformização dos internos foi elogiada pelos familiares. A única reclamação que tivemos foi em relação ao corte na entrada de alimentos trazidos pelas famílias dos presos”, disse o diretor do regime fechado do Estabelecimento Penal de Amambai Alexandre Ferreira ao destacar que a iniciativa tomada pelo Poder Judiciário em uniformizar todos internos, além de melhorar a segurança do presídio, já que a partir de agora só permanecem nas celas materiais para as necessidades básicas, como talheres, materiais de higiene pessoal, colchões, blusas e cobertores, também garante uma situação de igualdade entre os internos.
A iniciativa de uniformizar os detentos que cumprem pena e aguardam sentença no Estabelecimento Penal de Amambai, um feito inédito na história dos presídios mantidos pelo Estado em Mato Grosso do Sul, partiu do Juiz Corregedor, Dr. César de Souza Lima, titular da 1ª Vara de Execuções Penais da Comarca de Amambai e teve total apoio do Ministério Público Estadual representado pelo Promotor e Justiça Dr. Ricardo Rotunno da 2ª Promotoria da Comarca.
Para a confecção dos uniformes, calças , camisetas, bermudas e chinelas de dedo, foram aplicados recursos do Conselho da Comunidade da Comarca de Amambai, dinheiro esse oriundos de penas pecuniárias, frutos de transações penais.
Atualmente 203 detentos estão recolhidos em regime fechado no presídio em Amambai, dividindo um espaço que deveria abrigar apenas 67. No regime semi-aberto, que também deverá receber uniformização em breve, são 55 reeducandos em um espaço que deveria abrigar no máximo 35.
