2007-05-24 19:27:00
As contas de água dos cerca de 360 mil consumidores da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul em 68 municípios do Estado poderão ficar até 10% mais caras em julho, caso seja adotada a recomendação do Departamento Técnico da Sanesul para efetuar o “realinhamento” da tarifa. A informação é do diretor-presidente da empresa, José Carlos Barbosa, ao ressaltar que a intenção é aplicar, a pedido da administração estadual, um índice que não ultrapasse 5,5% de aumento no valor da conta.
O diretor-presidente informou que os estudos feitos pelo Departamento Técnico levaram em consideração o aumento no custo dos principais insumos para o tratamento de água e esgoto, como o hipoclorito de sódio – que teve seu preço reajustado em 37% nos últimos 12 meses – e a energia elétrica (cujo custo subiu 16% no último ano, não apenas pelo reajuste do serviço, mas também pelo aumento da demanda).
“Apenas com energia elétrica gastamos R$ 1,7 milhão ao mês. Inevitavelmente isso acaba tendo impacto na tarifa”, afirmou Barbosa. Desta forma, o aumento sugerido incluiria a reposição inflacionária – que, nos últimos 12 meses, foi de 4,05% – e o realinhamento dos custos operacionais da empresa.
Apesar do índice apontado, o diretor-presidente informou que há um pedido da administração estadual para que o impacto do reajuste seja “o menor possível” nas tarifas dos consumidores. “O governador [André Puccinelli, do PMDB] fez um apelo para que o aumento não tenha grande influência nas contas. Estamos estudando, e a expectativa é de realizarmos um esforço neste sentido”, sublinhou Barbosa.
Dentro da solicitação de Puccinelli, seria aplicado um reajuste de até 5,5% – que incluiria os 4,05% de inflação e a reposição de perdas acumuladas em 1,45%. Assim que for definido, o novo índice deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado até 29 de maio, já tendo efeito sobre as contas de água referentes ao mês de junho – que são enviadas aos consumidores para pagamento em julho.