2007-05-22 03:30:00
Nas últimas décadas, segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Mundo Novo, Vandelei Rankel, o município assistiu o êxodo de uma população, que ficou diminuída de 45 mil para 22 mil (a maioria rumou para o Mato Grosso), e muitas pessoas ficaram na cidade buscaram espaço para trabalhar em Salto Del Guairá, Departamento de Canindeyu, no Paraguai, cidade onde hoje há mais de 300 comerciários trabalhando em lojas distantes há cerca de 15 quilômetros de distância de suas casas.
Na vizinha cidade paraguaia, segundo a Associação comercial, há pelo menos 20 empresários com lojas instaladas no outro lado da fronteira, embora Rankel lembre que a cidade está se recuperando e com empresas se instalando, principalmente no setor de confecções, onde cinco indústrias se instalaram e mais de 700 empregos foram criados, para a produção mensal de cerca de 50 mil peças/mês. “Não é fácil, e agora as coisas tendem a piorar, com a queda do câmbio, principalmente agora que o dólar está cotado no câmbio oficial por menos do que R$ 2.
CONCORRÊNCIA CRUEL
Em uma década, o número de postos de gasolina caiu de dez para três postos, porque os empresários que revendem combustíveis, que hoje comercializam na média, por R$ 2,80, estão perdendo espaço, pagando 25% de impostos e tendo que assistir passivamente os concorrentes paraguaios vender o mesmo produto para seus clientes, por R$ 1,70.
Segundo Rankel, além do ramo de venda de combustível, as lojas que vendem roupas, pneus, alimentos e brinquedos também são prejudicadas. “As vendas de roupas, na maioria, são feitas pela marca e, no setor de confecção, e as indústrias sobrevivem porque vendem para outros Estados, e as lojas de roupas, junto com as e brinquedos, sofrem com as falsificações, e agora, até os supermercados estão sofrendo”, afirma, ao lembrar que em Mundo Novo, “é comum ver saindo lotações de ônibus com consumidores, se dirigindo rumo ao Paraguai”.
