2007-05-20 17:32:00
Em cinco anos, o SUS (Serviço Único de Saúde) atendeu cerca de 1.205.361 internações de mulheres com complicações por aborto. De acordo com o Globo, essas mulheres buscaram tratamento na rede pública de saúde por se submeterem a abortos por métodos arriscados.
Neste período foram gastos 161,4 milhões para a realização de curetagens, que segundo os médicos, é o segundo procedimento mais realizado nos sérvios de saúde. Só perde para os partos normais.
Em Campo Grande, a Clínica de Planejamento Familiar, foi denunciada pela reportagem da Rede Globo, por praticar abortos. Durante a reportagem, a médica Neide Mota Machado, proprietária da clínica, confessou o crime previsto no Código Penal. Ela esta foragida da justiça por ter a prisão preventiva decretada.
Dentre o material aprendido na clínica, esta o cadastro de pacientes atendidas pela médica. A polícia estima que seja cerca de 10 mil. Das 74 pacientes cadastradas só este ano, 36 já prestaram depoimentos à polícia. Dezoito foram indiciados por praticarem aborto e podem ser condenadas a três anos de prisão.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o aborto é a terceira causa de morte materna. Dos 1.645 óbitos obstétricos ocorridos em 2004, 155 mortes, que representam 13%, foram por abortos.