2007-05-04 19:53:00
O governador André Puccinelli (PMDB) voltou a afirmar nesta sexta-feira que espera a inclusão de cinco projetos para Mato Grosso do Sul no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que tramita no Congresso Nacional. Entre eles está a proposta de estadualização da BR-163, que corta o Estado de norte a sul. Puccinelli defendeu, durante assinatura de convênios em Ponta Porã, à 329 km de Campo Grande, a cobrança de pedágio ao longo dos 860 km da rodovia. Segundo o secretário estadual de Habitação, Carlos Marun, a previsão é instalar um posto a cada 80 km, o que totalizaria 10 ao longo do trecho.
A estimativa do governo é cobrar R$ 4,00 por eixo. “É um valor mais baixo do que o cobrado por São Paulo, onde a cobrança é feita a cada 50 km. Lá são cobrados R$ 5,00 por eixo”, explicou o secretário. A implantação dos postos ficaria sob responsabilidade da iniciativa privada. Com os recursos provenientes da cobrança o governo pretende duplicar a rodovia, o que levará 10 anos, segundo o secretário.
PAC
Além da estadualização da BR-163, Puccinelli quer incluir no PAC outros quatro projetos: o poliduto, que transportaria gás e diesel entre MT e PR, passando por MS; o aumento dos linhões de energia elétrica, para ampliar a capacidade elétrica do Estado; a federalização da MS-040, e o Porto Seco de Campo Grande, na região do Aeroporto internacional.
O PAC prevê investimentos de R$ 503,9 bilhões entre 2007 e 2010 em todo o Brasil. Desse total, R$ 67,8 bilhões viriam do Orçamento da União no período. Neste ano, a meta é investir R$ 24,4 bilhões de recursos orçamentários.
Cobrança
O prefeito de Ponta Porã Flávio Kayatt (PSDB) aproveitou a presença do governador na cidade para cobrar uma política de tributação diferenciada para cidades de fronteira, já que os comerciantes enfrentam concorrência dos lojistas dos países vizinhos. “O governador ficou de estudar os pedidos”, informou Marun.