17.8 C
Amambai
quinta-feira, 26 de junho de 2025

Internautas pedem aplicação do Código de Ética

2007-04-24 17:46:00

 Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão criado pela Emenda Constitucional nº 45 para controle externo do Poder Judiciário, abriu para consulta pública a proposta de Código de Ética da Magistratura . O documento estará disponível no site do CNJ por 30 dias para receber sugestões. Entidades de classe e tribunais de todo o país serão convidados a participar da redação final do documento.


A proposta do código contém 30 artigos e, além das disposições gerais e finais, está dividido nos tópicos: independência e imparcialidade, transparência, integridade e honestidade profissional, diligência, cortesia. Atualmente os magistrados seguem o que está previsto na Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar nº 35/79), conhecida como Lomam.


Para saber o que pensam os internautas sobre o assunto, durante uma semana, o Tribunal de Justiça disponibilizou enquete com a questão: “Você concorda com a aplicação do Código de Ética para magistrados ?” e dos 2.560 participantes, 93,05% disseram que sim, 3,36% responderam que não e 3,59% apontaram não ter opinião formada.


Mas, o que pensam sobre a implantação de um código de ética os operadores do Direito? O juiz Luiz Antônio Cavassa de Almeida, presidente da Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul (Amamsul), foi taxativo: “Sou totalmente contra!”. Para ele, os magistrados possuem legislação própria que disciplina sua atuação, a Lomam, que já define direitos e deveres dos órgãos do Judiciário.


“Os juízes, ao serem empossados, prestam juramento de cumprir e fazer cumprir a lei, o que torna desnecessária a criação de um dispositivo infralegal para regulamentar o que já existe”, reafirma o presidente da Amamsul.
A proposta de um Código de Ética foi elaborada pelos conselheiros Marcus Faver, Cláudio Godoy e Jirair Meguerian, com uma lista normas de conduta para magistrados, e para fundamentar tal propositura, o conselheiro Godoy  explicou: “O código é uma reunião de normas de conduta que complementam o que está na lei".


Antes de expressar o que entende a classe de advogados sobre a questão proposta pelo CNJ, a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional MS, Kátia Maria Cardoso de Souza levantou uma questão: qual o sentido, o conteúdo e o alcance que se pretende emprestar ao Código de Ética na Magistratura? “Somente depois de respondido este questionamento será possível emitir opinião com mais propriedade”, disse ela.

Leia também

Edição Digital

Jornal A Gazeta – Edição de 26 de junho de 2025

Clique aqui para acessar a edição digital do Jornal...

Enquete