2007-04-14 14:55:00
O deputado Dagoberto (PDT/MS) denunciou quarta-feira (11/04) que existe "cartel da vacina" no combate a febre aftosa e que o Paraguai omite os casos da doença, facilitando a ocorrência em solo brasileiro.
A afirmação ocorreu na audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, com a presença do ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. "No Paraguai tem aftosa em todo e qualquer lugar, eles só não declaram. Toda vez que entrou no Brasil e na Argentina, a aftosa veio do Paraguai", afirmou o parlamentar, completando que "isso é um ônus para Mato Grosso do Sul, que hoje é um Estado quebrado".
Stephanes disse que "temos de tomar extremo cuidado com a aftosa na fronteira. Nós sabemos o que temos de fazer e há o interesse do Paraguai em discutir o assunto. Temos de criar uma faixa de segurança sem que a gente crie um problema diplomático". Dagoberto reforçou que é necessário o trabalho de convencimento no Paraguai e Bolívia, "se nós não dermos a vacina, vai ser difícil erradicar a doença".
O parlamentar criticou a vacina que é aplicada nos animais no Brasil, afirmando que há "um cartel da vacina" no país após citar o produto utilizado na Argentina, pelo qual é possível saber quando o animal está com o soro (vacina) ou quando está com o vírus.
O parlamentar destacou que o produto foi criado por brasileiros, mas só é usado no país vizinho. A aplicação deste produto imunizador evitaria o sacrifício de tantos animais, como esté ocorrendo atualmente em Mato Grosso do Sul com o registro da doença nos municípios que fazem fronteira com o Paraguai.