2007-04-13 07:22:00
Vilson Nascimento
Preocupado com a violência que tem se propagado nas escolas públicas do município, principalmente em horários de saída das aulas, o Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Amambai se colocou à disposição da direção das escolas para proferir palestras educativas aos alunos.
Durante as palestras os conselheiros repassam às crianças e aos adolescentes conhecimentos sobre as atribuições do Conselho Tutelar, os direitos da criança e do adolescente previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e também sobre os deveres e responsabilidades de cada um perante seus lares, suas escolas e durante o convívio social, entre elas, a obrigação de zelar pela escola e o patrimônio pública que é um bem de todos, o respeito aos pais, professores e as pessoas de uma forma geral.
Durante as palestras os conselheiros também batem forte na tecla em relação às punições ao menor infrator, que vão desde a aplicação de medidas sócio-educativas até internações em unidades de recuperação de menores infratores.
“Explicamos isso para colocar na cabeça dos jovens que se eles cometerem um ato inflacional, seja ele de qualquer natureza, não é porque é criança ou adolescente que vai ficar impune. Eles serão responsabilizados sim, terão que responder pelo ato praticado perante o Juizado da Infância e da Juventude”, disse a conselheira Zita Centenaro ao relatar que em Amambai vários menores já estão passando por medidas sócios educativas e internações pelos atos que praticaram.
Na quarta-feira passada, 11, os conselheiros proferiram uma palestra dessa natureza para cerca de 300 adolescentes do período noturno da Escola Estadual Vespasiano Martins que desde o início do ano letivo vem enfrentando problemas com vandalismo e brigas envolvendo alunos.
Segundo o diretor da entidade de ensino, professor José Carlos da Silva, quando o problema acontece dentro da escola a direção e os professores tomam conhecimento e adotam as medidas necessárias, porém os fatos como brigas, por exemplo, tem ocorrido extra-muro, quando os alunos saem das aulas para retornarem a suas casas.
“Em muitos casos os confrontos envolvem jovens que nem se quer estudam na escola, que, por conta de rivalidades externas, ficam aguardando o final das aulas para agredir os alunos no momento que deixam a escola”, disse o diretor. A Escola Vespasiano Martins conta com cerca de 1300 alunos do ensino fundamental e ensino médio.
