2007-04-11 10:04:00
A safrinha recorde de milho esperada para este ano, de 2,3 milhões de toneladas, pode agravar o problema de armazenamento em Mato Grosso do Sul. A questão, porém, ainda é uma incógnita, uma vez que os bons preços do grão, especialmente para exportação, fazem com que o fluxo da produção seja mais rápido. O engenheiro agrônomo do Departamento Comercial da Cooagri, Elder Simm, afirma que tudo vai depender do tempo e da produção que se confirmar.
O aumento da procura internacional pelo milho, com a destinação da produção norte-americana para produção de etanol, fez com que a exportação se tornasse negócio vantajoso. Hoje o mercado internacional paga US$ 160,00 por tonelada do grão, valorização de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o milho tomou a posição de principal produto exportado pelo Estado nos primeiros meses deste ano, patamar que nunca havia atingido. No mercado interno, os preços são cerca de 30% maiores que em 2006.
Se os preços se mantiverem sustentados na colheita, em meados de agosto, afirma o superintendente estadual da Conab, Sérgio Rios, pode ser que o governo não tenha que intervir para segurar os preços, o que alivia o armazenamento. Já na safra de verão foram colhidas 570 mil toneladas de milho no Estado e não foi necessária intervenção.
Elder Simm afirma que cerca de 40% da soja produzida nesta safra foram comercializados antes da colheita e 10% no momento da colheita. Os preços brutos estão hoje na casa 25,50 a saca de 60 quilos, quando no mesmo período do ano passado o produtor recebia R$ 20,00. Foram produzidos 5 milhões de toneladas de soja. “Neste momento a preocupação com armazenamento acabou, porque a colheita de soja terminou. Vamos ver como será na colheita do milho”, diz.