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domingo, 22 de junho de 2025

Preço do gás nacional pode subir até 20%

2007-04-11 14:19:00

O preço do gás boliviano deve cair até 4,5% este mês, segundo cálculo apresentado pela Petrobras com base na cotação internacional do petróleo. O novo valor ainda está em análise pela estatal boliviana YPFB e deve ser divulgado nos próximos dias. O gás nacional, por outro lado, pode subir até 20% a partir de 1º de maio, com a retirada de todos os descontos concedidos ao preço do combustível desde 2003. O repasse ao consumidor final depende da legislação de cada Estado. 


Segundo observadores próximos, a Petrobras já enviou à YPFB sua conta sobre o novo preço do gás boliviano, que é reajustado uma vez a cada três meses, segundo uma fórmula que considera as variações de preços de óleos combustíveis no mercado internacional. 
      


Pelos cálculos da empresa, o preço do gás para os primeiros 16 milhões de metros cúbicos do contrato deve cair de US$ 3,55 para US$ 3,39 por milhão de BTU, uma redução de 4,5%. Mesmo porcentual seria utilizado para o volume adicional até 30 milhões de BTU. 
     
Se confirmado, será a segunda redução consecutiva no preço do gás importado da Bolívia. Em janeiro, a queda foi de 3,7%. O movimento reflete a oscilação no preço internacional do petróleo que, depois de bater US$ 78 por barril no início de agosto, iniciou trajetória de queda até atingir a mínima de US$ 51,79, em Londres, em meados de janeiro. Nesta terça, 10, o petróleo Brent fechou cotado a US$ 67,42 por barril. Se o nível for mantido, a tendência é que no próximo trimestre, o preço do gás boliviano seja corrigido para cima.
     
     
     Destinos
     O gás da Bolívia abastece os Estados da região Sul, além do Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo. Os outros Estados, consumidores de gás nacional, terão alta de preços, conforme já indicou a Petrobras às distribuidoras.
     
     Em carta enviada às empresas, a estatal informou que vai retirar os descontos sobre o preço, o que deve provocar uma alta de até 20%. Assim, o preço do gás nacional deve ficar no mesmo patamar do gás boliviano, reduzindo as vantagens competitivas de regiões abastecidas pelo combustível produzido no Brasil. A queda do gás boliviano tem vigência retroativa a partir de 1º de abril. 

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