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domingo, 15 de junho de 2025

União Européia aprova acordo aéreo com os EUA

2007-03-22 13:39:00

Os ministros dos transportes dos países-membros da União Européia (UE) aprovaram na quinta-feira um histórico acordo com os EUA que deve aumentar a competição no setor de viagens aéreas que cruzam o Atlântico e reduzir o preço das passagens.


Mas, a pedido da Grã-Bretanha, os 27 ministros decidiram ampliar em cinco meses o prazo para que o acordo entre em vigor, o que deve acontecer em 30 de março de 2008, e não mais em outubro deste ano.


O ministro alemão dos Transportes, Wolfgang Tiefensee, que presidiu as negociações, elogiou o acordo e disse esperar que ele aprofunde as relações entre a Europa e os EUA e beneficiar tanto companhias aéreas quanto os passageiros.
O acordo de "céu aberto" permitirá a empresas da UE voar de qualquer cidade do bloco para qualquer cidade dos EUA e vice-versa e substituirá os acordos bilaterais e altamente restritivos da época da Segunda Guerra Mundial.



O comissário dos Transportes da UE, Jacques Barrot, prevê que o acordo fará o número de vôos entre os EUA e a Europa aumentar em 50 por cento nos próximos cinco anos e deve gerar processos de aquisição entre as companhias européias.Segundo o pacto, os países-membros do bloco podem cancelar benefícios concedidos às empresas dos EUA se os norte-americanos não permitirem, até 2010, que empresas estrangeiras comprem companhias aéreas dos EUA, afirmou Barrot. "O acordo possui uma importância política e econômica bastante grande", disse o comissário em uma entrevista coletiva. "Estou satisfeito com o fato de ter pilotado esse acordo até seu destino final com todos os passageiros ainda a bordo."


Os EUA elogiaram a decisão da UE, afirmando que se tratava de algo histórico capaz de beneficiar os consumidores.
A Grã-Bretanha tentou obter concessões para o aeroporto Heathrow (de Londres), o mais movimentado da Europa, e algum tipo de garantia de que os norte-americanos permitirão, no futuro, que empresas estrangeiras possuam e controlem companhias aéreas dos EUA. Mas parece ter obtido pouco sucesso.
Um porta-voz do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, descreveu o acordo de Bruxelas como "bom para a Grã-Bretanha."


O ministro britânico dos Transportes, Douglas Alexander, afirmou que caberia a cada país-membro decidir quais benefícios cancelará caso os EUA, na segunda fase do acordo, não permitam os investimentos estrangeiros em suas empresas aéreas e nem que estrangeiros sejam proprietários delas.



Os defensores do acordo afirmam que o "céu aberto" aumentará a competição, elevará a frequência dos vôos, reduzirá o preço das passagens e criará empregos dos dois lados do Atlântico.
Mas a Grã-Bretanha estava relutante em levantar as restrições referentes a Heathrow, que favorecem a British Airways e a Virgin Atlantic, sem conseguir mais direitos de investir nas companhias aéreas dos EUA.

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