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sábado, 3 de maio de 2025

Polícia apreende armas e celulares na Casa do Albergado

2007-03-15 09:47:00

Policiais militares e civis que desencadearam às 5 horas de hoje uma ação na Casa do Albergado, em Campo Grande, apreenderam 15 armas brancas (facas, chuços e tesouras) oito aparelhos celulares, 12 papelotes de pasta base e 3 trouxinhas de maconha e uma motocicleta sob suspeita de roubo. No local existem 95 internos, que passaram por vistorias. A ação foi determinada pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Além dos celulares foram apreendidos cinco carregadores e 3 chips.

A ação envolve 100 policiais do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Seqüestros), Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), Getam (Grupamento Tático de Motos), Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), e Ciptran (Companhia Independente de Policiamento do Trânsito), através da interdição das vias e fiscalização dos veículos no local, e Corpo de Bombeiros. O presídio fica na rua Rui Barbosa entre a rua São Paulo e Pernambuco.

Além de fiscalizar se há ilícitos no local, a operação tem como objetivo fiscalizar a freqüência dos internos através do livro que deve ser assinado regularmente pelos apenados. Eles cumprem regime aberto e devem passar a noite no local. As drogas estavam com Robson Coelho de Lima e Edson Lima da Silva também. Klésio Ravel Piveta estava com a motocicleta sob suspeita de roubo. Ele foi encaminhado à delegacia e pode regredir ao regime fechado se confirmado envolvimento em delito.

Dois detentos não estavam no albergue: Reinaldo Leite Figueiredo e Samuel de Lima Leite. Um deles já estava na segunda falta, segundo a polícia. Pelo regulamento, na segunda falta do detento à noite a Justiça é acionada. O horário regulamentado para entrada é às 19 horas, mas há exceções para os que trabalham. Dois agentes ficam atuando no local em casa plantão.

Aldenir Gonçalves Queiroz, 41 anos, tem uma lavanderia ao lado da Casa do Albergado. Ele diz que desde que foi instalada no local, há um ano, o movimento no seu estabelecimento caiu 40%. Ele acredita que as pessoas ficam receosas em função do presídio. Segundo ele, não há tumultos no local, mas ocorrem muitos roubos e furtos na região. A lavanderia está no local há 7 anos e ele diz que, por precaução, não deixa o estabelecimento vazio. Moradores locais já fizeram abaixo-assinado para retirada do albergue do local. A Sejusp já estuda a mudança.

Continuidade – Na semana passada operação desenvolvida na Colônia Penal confirmou que o estabelecimento funcionava como uma “Colônia de Férias”. Até flagrante de prostitutas fazendo programa dentro do presídio ocorreu. Também foi confirmado que vários presos que deveriam passar a noite no local estariam cometendo crimes neste período.

Vistoria feita no início do mês resultou na apreensão de drogas, armas artesanais, facas, um revólver e ainda farto material eletrônico. O diretor do estabelecimento foi exonerado. Ontem o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) pregou “tolerância zero” no caso dos detentos da Colônia Penal e dos foragidos da Polinter. Trinta e oito escaparam no sábado e até ontem somente 11 haviam sido recapturados.

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