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terça-feira, 17 de junho de 2025

Municípios iniciam abate preventivo de animais

2007-02-10 09:36:00

O governador André Puccinelli (PMDB) disse há pouco, antes do início da reunião com técnicos do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para definir ou não a criação de zona tampão no Estado na região de fronteira com o Paraguai, que os fiscais do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) iniciaram na quinta-feira nos municípios de Eldorado, Japorã e Mundo Novo os abates preventivos de animais reagentes que apresentaram uma alta concentração sorológica para o vírus da febre aftosa.

Das 11.449 amostras coletadas entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano 2,7% dos animais foram reagentes ao teste, sendo que a maior concentração ocorreu em Japorã, onde o índice de reatividade foi de 4,9%. Em virtude disso, explicou André, foi mantida a restrição sanitária nos três municípios e os animais estão sendo abatidos nos frigoríficos da região, onde é feita a desossa, pois, como é só a suspeita, a carne pode ser comercializada.

Segundo o governador, o Estado vem fazendo a lição de casa e está em busca da erradicação do vírus na região de fronteira com o Paraguai. “Os produtores desse três municípios deverão comunicar casos de suspeita de aftosa para que os animais sejam imediatamente abatidos e quem não comunicar com a intenção de ludibriar o Estado será responsabilizado criminalmente”, alertou, completando que essas medidas são para prevenir, pois remediar é muito mais difícil.

Zona tampão  – André Puccinelli já está reunido, na Governadoria, com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Gabriel Alves Maciel, com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Jamil Gomes de Souza, com o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul), Ademar Júnior, e com o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto, para discutirem as regras para a criação ou não da zona tampão na fronteira do Estado com o Paraguai. O objetivo dos governos federal e estadual é criar uma área de proteção contra a febre aftosa no território brasileiro.

A medida é uma das exigências da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) para que o Estado volte a ser considerado como livre da doença com vacinação, o que permitirá seu reingresso no comércio internacional de carne bovina. Há um consenso entre os setores público e privado que o MS precisa tomar medidas preventivas para proteger o seu rebanho bovino – o segundo maior do País, com cerca de 26 milhões de cabeças. A fronteira do Estado com o Paraguai tem 1.104 quilômetros – 409 quilômetros de fronteira seca e 695 fluvial.

Os governos federal e estadual, adiantou Maciel, estão avaliando medidas compensatórias para evitar prejuízos aos pecuaristas que tenham fazendas na região fronteiriça do MS com o país vizinho. “Os governos estão estudando uma forma de compensação como medida para impedir possíveis prejuízos”, disse o secretário da Defesa Agropecuária, explicando que na zona tampão o trânsito de animais e seus produtos é controlado rigorosamente para que não haja propagação da doença.

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