2007-01-29 23:21:00
A Secretaria de Estado de Saúde, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ensino e Diagnóstico (IPED/APAE), executa desde maio de 2005 o Programa Estadual de Identidade Genética no Nascimento, com objetivo de identificar, através de armazenamento do material genético, os dados do DNA de bebês que nascem em hospitais públicos e privados de Mato Grosso do Sul.
O sangue da mãe e recém-nascido é recolhido no momento do parto pelo cordão umbilical e depositado em cartões, na presença dos profissionais de saúde, e remetido ao IPED/APAE para arquivamento numa câmara fria por um período de 20 anos.
O programa visa a evitar, impedir ou dificultar a troca de bebês nas unidades de saúde que desenvolvem o procedimento de parto. Caso haja dúvida ou pedido judicial para verificação de compatibilidade sanguínea, é possível localizar o cartão com DNA de todas as crianças que nasceram no Estado num determinado período, em qualquer hospital.
A Secretaria Estadual de Saúde fornece mensalmente à APAE os kits de identificação, compostos por pulseiras invioláveis identificadas com o mesmo código alfa numérico impressos para mãe e filho, grampo umbilical com o mesmo código das pulseiras e cartão com papel filtro com área reservada para sangue da mãe e do recém nascido.
Em um ano e meio de funcionamento já foram cadastrados geneticamente mais de 33 mil e seiscentas mães e bebês, exceto os nascidos em zona rural, residências e ambulâncias, totalizando um monitoramento de 98% dos partos realizados em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o IPED/APAE, que centraliza o cadastramento desde que foi iniciado o programa, o mês que apresentou maior índice de registros foi maio de 2006, com 3.900 identificações, seguido pelos meses de fevereiro, com 3.599 nascimentos, e agosto, quando houve 2.699.
O procedimento é gratuito e só pode ser realizado mediante consentimento assinado pela mãe, que recebe orientação sobre a importância do Programa de Identificação Genética desde o início das consultas pré-natal.