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sábado, 17 de maio de 2025

Praticamente isolada a população é extorquida por aproveitadores

2007-01-10 08:38:00

Vilson Nascimento

Com a falta de resposta e ação do Governo do Estado, o abandono por parte da empresa que tem a concessão para a exploração das linhas de ônibus e praticamente isoladas do resto do Estado por conta do rompimento de um aterro e das cabeceiras de uma ponte na rodovia MS 160, trecho que liga Tacuru a Sete Quedas, a população de Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai está a mercê de exploradores que atuam de forma clandestina e cobram “os olhos da cara” pelo transporte das pessoas que precisam sair e chegar a sede do município.
Uma passagem de ônibus entre Tacuru e Sete Quedas, que em condições normais era vendida pela empresa que realiza o transporte intermunicipal de passageiros por R$ 5,50, agora não sai por menos de 30 reais nos transportes clandestinos, que atuma sem as menores condições de segurança, já que a empresa Viação Umuarama Ltda, que tem a concessão das linhas entre as duas cidades não está realizando o transporte de passageiros desde o rompimento do aterro e das cabeceiras da ponte que liga os dois município, 21 de dezembro, sob alegação de que o desvio utilizado, pela região da Botelha Y, não oferece condições de tráfego para os ônibus.
A Exploração
Hoje para se deslocar entre Tacuru e Sete Quedas ou vice e versa, as pessoas, além de pagarem caro pelo transporte, tem que se arriscar na garupa de motocicletas.
Pelo menos seis motociclistas que se autodenominam “mototaxistas”, mas não tem nenhuma licença e se quer veículos adequados para exercer tal função, permanecem periodicamente nos trechos danificados realizando o transporte dos passageiros.
Eles saem do Terminal Rodoviário de Tacuru, passam por dentro da água no primeiro trecho destruído sob o Córrego Tacuru, a cerca de mil metros da cidade em Tacuru e levam os passageiros até as margens do Córrego Puitã, perfazendo um percurso aproximado de cinco quilômetros que custa ao passageiro, R$ 15,00.
As viagens também são feitas no sentido inverso, as pessoas que vem de Sete Quedas, param às margens do Córrego Puitã e também tem que pagar os R$ 15,00 para vir até a cidade em Tacuru para tomar o ônibus e seguir viagem.
“Muitas pessoas vem a pé até o aterro do Córrego Tacuru e daqui até a Puitã pagam apenas R$ 10,00”, disse um adolescente de 16 anos que recebe dos motoqueiros para ajudar as pessoas a passarem a pé por dentro da água no Córrego Tacuru para tomar o mototaxi do outro lado do rio.
“A casos de pessoas que não tem dinheiro para pagar que levamos gratuitamente, mas de quem tem dinheiro cobramos”, disse um dos motoqueiros que reconhece os riscos que ele e os passageiros correm ao passar por dentro do leito do rio e subir as rampas para retomar o trajeto no asfalto. “Mas se nós não fizermos isso essas pessoas não tem como se locomover” finalizou o motoqueiro ao relatar que, caso a pessoa queira sair de Tacuru e seguir de moto diretamente para Sete Quedas, tem que pagar R$ 30,00.
Mais Exploração
Taxistas e veículos clandestinos também estão se aproveitando na situação e explorando os passageiros que na realidade deveriam estar sendo assistidos pela própria empresa responsável pelo transporte intermunicipal de passageiros, já que existem formas de improvisar um desvio de aproximadamente dois quilômetros por dentro de uma fazenda que possibilitaria levar os passageiros até às margens do Córrego Puitã e bastava outro coletivo da empresa que estaria aguardando no local, concluir a viagem até Sete Quedas e vice e versa, já que a Prefeitura de Tacuru construiu uma passarela sobre o Córrego Puitã que permite a passagem de pedestres e até de alguns motociclistas mais corajosos.
Para levar os passageiros de Tacuru até as margens do Puitã pelo desvio que supostamente poderia servir para a passagem do ônibus, um táxi cobra R$ 30,00 pelo trecho de cerca de 7 quilômetros de viajem. Já do Córrego Puitã

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