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sábado, 14 de junho de 2025

Área invadida não tem estudos, diz a Funai

2007-01-06 09:52:00

Vilson Nascimento

A área da Fazenda Madama invadida por um grupo de indígenas guarani-kaiowá na manhã de sexta-feira, 5, não passou por nenhum estudo antropológico que apresentasse indícios que as terras teriam pertencido aos indígenas no passado, as informações são da Administração Regional da Funai em Amambai.
Segundo a Funai em outubro do ano passado (2006), um grupo de indígenas da Aldeia Taquapery em Coronel Sapucaia teria procurado a administração regional do órgão federal em Amambai reivindicando levantamentos antropológicos na região que abrange as fazendas Madama e Nova Esperança, que fazem divisa, alegando que as referidas áreas de terra teria pertencido a seus antepassados e pertenceria a eles por direito.
Segundo a Funai um relatório foi enviado à Brasília informando a reivindicação dos indígenas e pedindo a formação de um “GT (Grupo de Trabalho) para realizar estudos antropológicos da região, mas até o momento nenhuma resposta em relação as áreas reivindicadas, foi enviada pela direção nacional da Funai, mesmo porque, segundo a Funai de Amambai, existem vários outros pedidos de vistoria e identificação de supostas áreas indígenas na região da administração regional do órgão federal em Amambai que abrange de Japorã a Bela Vista e a maior parte delas se quer passou por uma avaliação primária.
A Fazenda Madama invadida na madrugada de sexta pelos indígenas está situada na região denominada Curussu Ambá, a cerca de 35 quilômetros da cidade em Amambai e é totalmente produtiva, tendo uma parte destinada a lavoura, que está arrendada e plantada com soja e outra parte destinada a pecuária.
O proprietário das terras, o produtor rural Wilson Vendramini que é residente em Amambai está em viagem de férias, disse a nossa reportagem via fone ontem pela manhã, que ainda não tomou nenhuma atitude em relação a ocupação de sua propriedade por parte dos indígenas.
Segundo o produtor rural ele deverá chagar a Amambai nessa segunda-feira e deverá entrar com um pedido de reintegração de posse da propriedade junto a Justiça Federal. Enquanto isso os indígenas permanecem na propriedade.

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