2006-12-14 07:14:00
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Chegou ao fim ontem (13 de dezembro) o impasse quanto o futuro da carteira imobiliária do extinto Previsul, que envolvia 1.088 imóveis, 433 deles localizados no bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo, em Campo Grande. Os ativos imobiliários foram vendidos em um leilão realizado pela Cetip (Câmara de Custódia e Liquidação de Títulos Públicos) em São Paulo/SP, por R$ 4,3 milhões. A empresa compradora – que ainda não teve seu nome divulgado – tem 48 horas para efetuar o pagamento, segundo ressaltou o secretário de Gestão Pública, Ronaldo Franco.
A Cetip abriu o leilão dos imóveis às 11h (horário de Brasília), com preço mínimo de R$ 4.175.063,20. Foi a segunda vez que a carteira do extinto Previsul foi a leilão: na primeira vez em que os imóveis foram colocados à venda, no dia 14 de novembro, nenhum comprador se manifestou.
Os imóveis foram construídos na década de 80, e já custaram aos cofres públicos R$ 21 milhões, por conta de dívidas não honradas pelos mutuários. No leilão, o que foi ofertado não foram os imóveis, e sim títulos do FCVS (Fundo de Compensação de Variações Salariais, um título da União com vencimento em 2027). O comprador deve se comprometer, ainda, a quitar os imóveis com os mutuários a custo zero, em uma negociação apenas entre as partes, conforme ressaltou o secretário.
Os imóveis foram negociados entre o Previsul e os mutuários pela Caixa Econômica Federal, instituição responsável pelo recebimento das prestações. As prestações, que a princípio tinham valores baixos, passaram por uma série de reajustes que resultaram também no aumento da inadimplência. Quando foi colocada em negociação pela primeira vez, o preço mínimo foi de R$ 4,73 milhões. Além dos imóveis, o lote de venda incluía 113 propriedades do Previsul.
(Campograndenews)