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sexta-feira, 29 de março de 2024

Retirada de mama pode ser alternativa para prevenir câncer

2011-08-03 19:35:00

Especialistas sugerem que mulheres com casos de câncer de mama na família podem optar pela retirada do seio para evitar o desenvolvimento da doença.

A cirurgia preventiva é indicada para pacientes nos quais a chance de aparecimento do carcinoma no futuro é superior a 30% e o procedimento pode diminuir em até 90% as chances do surgimento de um tumor maligno.

“Não é para qualquer mulher que esse procedimento é indicado. É preciso fazer uma pesquisa de genes.

Se houver algum precedente de que possamos suspeitar, como três mulheres de gerações próximas que sofreram do mal, indicamos o procedimento”, explica Dr. Charles Pádua, diretor do Cetus Hospital-Dia Oncologia.

Na Adenomastectomia, 90% do tecido mamário é retirado (onde podem se localizar as células cancerígenas). A auréola e o mamilo permanecem intactos, o que possibilita o preenchimento com diferentes técnicas.

“Propor a retirada dos seios a uma moça na qual ainda não foi diagnosticado o tumor não é fácil. A cirurgia trará implicações na sexualidade e também na amamentação.

É possível fazer uma substituição imediata por próteses de silicone. Como não é uma cirurgia estética, não ficará igual, mas hoje as técnicas são mais apuradas, e os resultados são muito melhores”, diz o especialista.

O histórico familiar da doença também se caracteriza como indício de eventual problema futuro no ovário, devido a mutações nos genes. Alguns especialistas defendem a retirada até do órgão reprodutor como prevenção.

“A retirada dos seios não previne o câncer de ovário. Precisa ser analisado, discutido e colocado à paciente que ela tem duas opções de cirurgia”, alerta Dr. André Murad, coordenador do Serviço de Oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Ainda que as pacientes atingidas pelo carcinoma no órgão reprodutor corram maior risco de morte, Dr. Charles Pádua recomenda muito cuidado antes de se decidir pela extração.

“A opção por essa retirada é muito mais delicada e traumatizante do que a da mama. O índice de casos no ovário é muito menor. Tudo depende do perfil da família da mulher”, pondera.

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