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quinta-feira, 28 de março de 2024

Vacina experimental contra HIV renova esperanças

2009-11-07 15:39:00

Segundo especialistas, pela primeira vez, uma vacina diminuiu o risco de infecção.


De acordo com especialistas, pela primeira vez, uma vacina experimental contra o HIV diminuiu o risco de infecção e se mostrou eficaz, pelo menos parcialmente.

O exército americano, em cooperação com o governo da Tailândia, testou a vacina em 16 mil voluntários e observou uma redução de 31,2% no risco de contrair o vírus.

Para os cientistas, os resultados renovam as esperanças de que é possível desenvolver uma vacina eficaz contra o vírus HIV, já que há mais de 20 anos as pesquisas na área vêm sendo marcadas por decepções.

Em 2007, por exemplo, a empresa farmacêutica Merck suspendeu testes de uma vacina que era vista como uma das mais promissoras até então, depois de concluir que não havia diferença nos níveis de infecção entre os vacinados e os que haviam recebido placebo.

As cepas do HIV usadas na nova vacina são do tipo B e E (a cepa B é predominante na Europa e América do Norte). Com isso, os resultados não são imediatamente significativos para a África, onde a cepa predominante é a do tipo C.

Segundo estimativas, atualmente, aproximadamente 33 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo. Uma vacina teria enorme impacto, principalmente em regiões onde a infecção é endêmica, como na África sub-saariana.

Porém, o HIV facilmente “engana” o sistema imunológico, daí o fracasso em se produzir uma vacina que proteja contra o vírus.

Os cientistas estão cautelosamente esperançosos de que talvez seja possível, a partir dos resultados positivos, ter uma chance de eventual sucesso. “

O desenvolvimento de vacinas é um longo processo, e este é um passo a mais”, afirma Adriano Boasso, especialista em vacinas contra o HIV do Imperial College London, na Grã-Bretanha.

Seth Berkley, presidente e chefe executivo da Iniciativa Internacional de Vacina contra a Aids, acrescentou: “até agora, só tínhamos provas da viabilidade de uma vacina contra o HIV em modelos animais”.

Mas, antes que uma vacina se torne disponível, ainda há muito trabalho a ser feito.
É muito pouco provável que uma vacina seja licenciada com uma taxa de sucesso de apenas 30%, por isso, os pesquisadores têm como meta uma taxa de sucesso de 70% a 80%.

Eles terão que trabalhar em cima dos resultados e modificar a vacina para obter uma resposta melhor.

“Agora, os pesquisadores provavelmente vão examinar que tipo de resposta imunológica eles induziram para tentar descobrir que tipo de efeito eles precisam induzir nos voluntários para alcançar certo grau de proteção”, explicou Boasso, que acrescentou que isso também poderia ensinar muito sobre outras vacinas.

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